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Polícia

MP denuncia caso de canibalismo no Presídio de Pedrinhas

Segundo o promotor Gilberto Câmara França Junior, os detentos torturaram e comeram o fígado de outro preso

21 out 2015 - 14h43
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No último dia 13 de outubro, o promotor de Justiça Gilberto Câmara França Junior, da 28° Promotoria de Justiça Criminal de São Luís do Maranhão, denunciou quatro integrantes da facção criminosa Anjos da Morte pelo homicídio do detento Edson Carlos Mesquita da Silva, ocorrido em dezembro de 2013, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Os presos também são acusados de assar e comer o fígado da vítima.

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Segundo o promotor, o crime foi cometido por Rones Lopes da Silva, o Rony Boy, Geovane Sousa Palhano, o Bacabal, Enilson Vando Matos Pereira, o Sapato, e Samyro Rocha de Souza, o Satanás. Também participaram dois homens não identificados no inquérito policial, Bruno e Indivíduo X, além de Joelson da Silva Moreira, o Índio, que já está morto.

De acordo Ministério Público do Maranhão, no dia 23 de dezembro de 2013, a vítima teria se desentendido com o detento Indivíduo X, além de ofender Rony Boy, chefe da facção criminosa preso no Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Após a discussão, o preso não identificado, com o auxilio do detento Índio e Bacabal, amarraram e torturaram a vítima por várias horas dentro de uma cela no Presídio São Luís II, uma das oito unidades que compõem o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Para acabar com o sofrimento da vítima, o detento Enilson Pereira sugeriu soltar ou matar Edson Carlos. Diante do impasse, Bacabal ligou para Rony Boy e Bruno, que ainda não foi identificado pelo Ministério Público, e recebeu a ordem de matar a vitima e entregar o corpo ao diretor do presidio.

Edson foi morto com várias facadas por Bacabal, Sapato, Indivídou X e Enilson Pereira. No dia seguinte, o corpo foi esquartejado e salgado com a intenção de ocultar o odor e espalhar os pedaços sem levantar suspeitas para ocultar o crime.

Após o crime, os detentos assaram e comeram o fígado de Edson da Silva, além de dividir o órgão com outros presos. O corpo da vítima foi divido em 59 partes que foram espalhadas em sacos plásticos e jogados em lixeiras.

Os restos mortais foram encontrados por um funcionário da limpeza, que comunicou ao chefe de segurança do presídio, Valfredo Rocha Filho. Com o auxílio do Grupo Especial de Operação Prisionais (GEOP), foi identificado a falta da vítima, que havia sido registrada com o nome falso de Antônio Filho Rodrigues da Lima. “Esse registro de entrada com o nome falso atrasou a identificação”, explicou o promotor de Justiça.

A identificação do corpo foi feita pelo cunhado de Edson da Silva, por meio de uma tatuagem. Caso sejam condenados, os acusados podem obter pena de até 40 anos pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilitar a defesa da vítima.

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Fonte: Terra
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