MP ajuiza ação contra 69 por desvio de R$ 35 mi em Dourados
O Ministério Público (MP) de Mato Grosso do Sul ajuizou, na quinta-feira, uma ação por improbidade administrativa contra 69 pessoas e empresas de Dourados em decorrência dos fatos apurados na operação Uragano, da Polícia Federal. O MP apontou que o grupo foi responsável por desviar cerca de R$ 35 milhões dos cofres públicos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira.
Além do prefeito afastado Ari Artuzi (sem partido), foram denunciados o ex-presidente da Câmara de Vereadores Sidlei Alves, o vice-prefeito afastado Carlinhos Cantor e dono da empresa Financial, que estaria envolvida com as fraudes, Antônio Fernando de Araújo Garcia. Artuzi e outras 28 pessoas, entre elas o vice-prefeito, secretários municipais, vereadores, servidores públicos e empresários, foram presos durante a operação.
Segundo o MP, caso a ação for julgada procedente, as penas são a perda do cargo, perda dos direitos políticos, pagamento de multa, além do ressarcimento integral dos prejuízos causados. A ação civil pública foi assinada pelos promotores Justiça Paulo César Zeni, Cláudia Loureiro Ocariz Almirão e Amilcar Araújo Carneiro Junior.
Entenda o caso
A Polícia Federal indiciou 60 pessoas na operação Uragano, em Dourados, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção e direcionamento de licitações. Segundo a PF, as investigações apontaram o prefeito como chefe de um esquema que desviava 10% de todos os contratos firmados pela prefeitura em áreas como saúde e transporte. Os valores seriam direcionados a vereadores do município, para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito.
