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Polícia

MP acompanha investigação sobre morte de juíza no Rio

12 ago 2011 - 17h17
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O Ministério Público do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira que disponibilizou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para acompanhar as investigações sobre o assassinato da juíza Patrícia Acioli, 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, executada em frente a sua casa, em Niterói, na noite de quinta-feira. A magistrada, conhecida por combater traficantes, milicianos e policiais corruptos, sofria ameaças.

Carro da juíza assassinada passa por perícia no Rio
Carro da juíza assassinada passa por perícia no Rio
Foto: Mauro Pimentel / Futura Press

De acordo com o MP, o procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Soares Lopes, considerou que membros do Gaeco podem contribuir para que o inquérito seja conduzido de forma "rápida, despersonalizada e com o máximo de qualidade". Ainda conforme o MP, Lopes entrou em contato com a Secretaria de Segurança e a Promotoria de São Gonçalo para garantir a segurança de integrantes do MP. Ele informou que órgão acompanha "todas as linhas de investigação".

Apesar das ameaças, Patrícia não havia solicitado segurança, segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos. Ele afirmou que a magistrada recebeu proteção de três policiais entre 2002 e 2007 por iniciativa do próprio tribunal. Segundo ele, também foi o TJ que julgou desnecessária a manutenção da escolta, reduzindo para apenas um policial a partir de 2007. Na ocasião, porém, a juíza optou por dispensar a proteção.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Fonte: Terra
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