MP: 58 juízes tiveram dados sigilosos acessados no RS
Uma investigação do Ministério Público (MP) descobriu que duas quadrilhas acessaram o Sistema de Consultas Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, um banco de dados sigiloso, usando a senha de um policial militar para aplicar golpes e acessar as informações de pelo menos 58 juízes gaúchos. O sistema guarda as informações pessoas de todos os cidadãos que, por lei, deveriam estar protegidas. “Para mim, causa perplexidade que alguém do lado do crime tenha acesso a essas informações. A minha preocupação maior é que, com base nesses dados, são acessadas informações dos familiares da gente”, disse uma das vítimas, o juiz Sidinei Brzuska, responsável por fiscalizar os principais presídios gaúchos. Entre os 58 magistrados, estão desembargadores e integrantes da diretoria da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). As informações são do Fantástico.
As investigações apontam que os dados pessoais de Brzuska foram acessados de um computador localizado na casa de um homem que chegou a ser preso suspeito de envolvimento no sequema junto com outras sete pessoas. Localizado depois de deixar a prisão, ele contou que alugou de outro golpista a senha do PM por R$ 350 mensais. No entanto, o homem negou ter espionado os magistrados e disse que a senha era compartilhada por outros falsários. Segundo ele, a senha do policial militar, lotado no Batalhão Rodoviário de Portão, teria sido roubada do computador dele. Procurado, o PM não quis se manifestar e negou ter negociado o acesso ao sistema. Não é aprimeira vez que o banco de dados que a secretaria de segurança do Rio Grande do Sul é violado. Em 2007, informações pessoais do atual governador Tarso Genro (PT), foram parar nas mãos de um detetive. O esquema também foi feito com a ajuda de um policial.
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