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Polícia

Moradores homenageiam vítimas em porta de escola no Rio

8 abr 2011 - 10h29
(atualizado às 10h58)
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Laryssa Borges
Direto do Rio de Janeiro

Curiosos e moradores do Realengo, zona oeste do Rio, homenagearam na manhã desta sexta-feira os 12 alunos mortos ontem por um atirador na Escola Municipal Tasso da Silveira. Foram colocados em frente ao colégio 12 vasos de flores e 12 cruzes de madeira representando cada uma das vítimas.

Veja vídeo de alunos da escola invadida por atirador no Rio:

Veja localização de escola invadida por atirador

Veja como foi o ataque aos alunos em Realengo

A rua da escola, que está lacrada, foi isolada, mas moradores se aglomeram atrás do cordão de isolamento organizado pela Polícia Militar. No portão, cartazes informam hora e local dos sepultamentos. Dois ônibus foram colocados à disposição da comunidade para prestarem as últimas homenagens aos alunos.

Em frente ao pédio, há ainda um quadro negro com pedidos de justiça e segurança. Parentes acenderam velas e deixaram mensagens de paz e conforto para as famílias das dez meninas e dois meninos mortos. Num cartaz, um morador diz que as crianças "não tiveram culpa". Outro lembra "sonhos coloridos destruídos" pelo atirador.

Representantes de movimentos sociais e religiosos chegaram nesta manhã para prestar solidariedade e rezar pela vítimas À tarde, a presidente Dilma Rousseff, que ontem chorou e cancelou evento devido à tragédia, deve ir ao Rio para prestar suas homenagens e solidariedade às famílias das vítimas.

Atentado

Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Fonte: Terra
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