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Polícia

MG: Assembleia pagou combustível para helicóptero apreendido com drogas

28 nov 2013 - 14h00
(atualizado às 15h43)
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Helicóptero que pertence à empresa do deputado mineiro Gustavo Perrella foi apreendido com mais de 400 quilos de cocaína no Espírito Santo
Helicóptero que pertence à empresa do deputado mineiro Gustavo Perrella foi apreendido com mais de 400 quilos de cocaína no Espírito Santo
Foto: Polícia Militar do ES / Divulgação

O deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), que teve o helicóptero apreendido pela Polícia Federal pelo transporte de mais de 400 quilos de cocaína, gastou ao menos R$ 49 mil, com o abastecimento de sua aeronave com dinheiro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, segundo dados disponíveis no Portal da Transparência do parlamento mineiro. 

No último sábado, o helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, da qual o deputado é um dos proprietários, foi apreendido com 455 quilos de cocaína na zona rural de Afonso Cláudio (ES), a 150 quilômetros de Vitória. O piloto, Rogério Almeida Antunes, foi preso após descarregar a droga da aeronave. Também foram detidos o copiloto, Alexandre de Oliveira Júnior, e duas pessoas que receberiam os entorpecentes.

Segundo os dados da assembleia mineira, de março de 2012 a outubro de 2013, foram apresentadas 42 notas fiscais, com valor médio de R$ 1,1 mil, emitidas por estabelecimentos que vendem combustível de aviação, e cujos valores foram reembolsados ao parlamentar por meio da Verba Indenizatória a qual ele tem direito.

Gustavo Perrella é deputado estadual em Minas Gerais pelo PDT
Gustavo Perrella é deputado estadual em Minas Gerais pelo PDT
Foto: ALMG / Divulgação

O modelo de aeronave apreendida pela Polícia Federal no Espírito Santo é o Robinson 66, que voa abastecido por querosene de aviação, transporta cinco passageiros, e custa aproximadamente U$ 1,2 milhão.

O valor gasto pelo deputado com o combustível seria o suficiente para comprar aproximadamente 12.332 litros de querosene. O tanque tem capacidade de 278 litros que são suficientes para percorrer cerca de 600 quilômetros. Com o montante gasto, seria possível percorrer uma distância mais de 26 mil quilômetros. 

Entretanto, nesta quinta-feira, o delegado da Polícia Federal Leonardo Damasceno afirmou que não há indício de envolvimento do deputado com o transporte de cocaína. "Não há, pelo menos até este momento, nenhum indício de envolvimento dos donos da aeronave com o transporte cometido pelo piloto", disse Damasceno, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Superintendência da PF no Espírito Santo.

O Terra tentou entrar em contato com o deputado através de seu gabinete, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

Fonte: Terra
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