MG: após 31 horas, acaba rebelião em presídio de Contagem
Após 31 horas, terminou na tarde de hoje a rebelião no presídio Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Por volta de 16h, os presos acataram a proposta das autoridades de segurança pública e libertaram os dois reféns, uma professora e um agente penitenciário. Após a liberação, os dois receberam atendimento médico.
As negociações foram retomadas pela manhã. Os cerca de 90 presos denunciaram maus tratos, demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de grávidas nos pavilhões, além de exigirem a saída do diretor da unidade prisional, Luiz Carlos Danúbio.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social, o final da rebelião foi possível após a garantia da integridade física dos rebelados. A secretaria ainda informou que o diretor da penitenciária não será afastado.
Acordo
Ficou acordado que os detentos que participaram do motim não serão transferidos. A corregedoria da Secretaria de Defesa Social vai apurar todas as denúncias de supostas agressões e maus tratos feitas por detentos contra agentes e o diretor do presídio.
As mulheres grávidas poderão novamente voltar a visitar os detentos, uma reivindicação feita assim que a rebelião começou. As visitas retornam ao normal amanhã. Os reféns, a professora e o agente penitenciário estão bem, não sofreram ferimentos.
A rebelião começou por volta das 9h de ontem durante uma aula, quando os presos renderam um agente penitenciário e a professora. Um gabinete de crise foi montado no local, com a presença de autoridades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) e polícia Militar e Civil.
O complexo penitenciário tem capacidade para 1.664 apenados, mas opera com 1.970 presos.
O líder identificado do movimento é Daniel Augusto Cypriano, 29 anos. Também conhecido como "Carioca" e “Snap", ele tem seis condenações, cinco por roubo e uma por homicídio e está na penitenciária desde agosto de 2011.
Hoje, o especialista em Segurança Pública Bráulio Figueiredo disse à Agência Brasil que não acredita na associação entre a rebelião no Complexo Penitenciário Nelson Hungria e a série de ataques praticados desde 30 de janeiro em Santa Catarina, que seriam comandados por detentos em presídios catarinenses.
Com informações da Agência Brasil.