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Polícia

MG: após 31 horas, acaba rebelião em presídio de Contagem

22 fev 2013 - 17h28
(atualizado às 22h06)
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Após 31 horas, terminou na tarde de hoje a rebelião no presídio Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Por volta de 16h, os presos acataram a proposta das autoridades de segurança pública e libertaram os dois reféns, uma professora e um agente penitenciário. Após a liberação, os dois receberam atendimento médico.

As negociações foram retomadas pela manhã. Os cerca de 90 presos denunciaram maus tratos, demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de grávidas nos pavilhões, além de exigirem a saída do diretor da unidade prisional, Luiz Carlos Danúbio.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social, o final da rebelião foi possível após a garantia da integridade física dos rebelados. A secretaria ainda informou que o diretor da penitenciária não será afastado.

Acordo

Ficou acordado que os detentos que participaram do motim não serão transferidos. A corregedoria da Secretaria de Defesa Social vai apurar todas as denúncias de supostas agressões e maus tratos feitas por detentos contra agentes e o diretor do presídio.

As mulheres grávidas poderão novamente voltar a visitar os detentos, uma reivindicação feita assim que a rebelião começou. As visitas retornam ao normal amanhã. Os reféns, a professora e o agente penitenciário estão bem, não sofreram ferimentos.

<p>O presídio é o mesmo onde está o goleiro Bruno Fernandes, mas o motim não foi no pavilhão do ex-atleta do Flamengo</p>
O presídio é o mesmo onde está o goleiro Bruno Fernandes, mas o motim não foi no pavilhão do ex-atleta do Flamengo
Foto: Léo Fontes / O Tempo / Futura Press

A rebelião começou por volta das 9h de ontem durante uma aula, quando os presos renderam um agente penitenciário e a professora. Um gabinete de crise foi montado no local, com a presença de autoridades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) e polícia Militar e Civil.

O complexo penitenciário tem capacidade para 1.664 apenados, mas opera com 1.970 presos.

O líder identificado do movimento é Daniel Augusto Cypriano, 29 anos. Também conhecido como "Carioca" e “Snap", ele tem seis condenações, cinco por roubo e uma por homicídio e está na penitenciária desde agosto de 2011.

Hoje, o especialista em Segurança Pública Bráulio Figueiredo disse à Agência Brasil que não acredita na associação entre a rebelião no Complexo Penitenciário Nelson Hungria e a série de ataques praticados desde 30 de janeiro em Santa Catarina, que seriam comandados por detentos em presídios catarinenses.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Especial para Terra
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