MG: advogado que comandava esquema de roubo de carros é preso

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, na manhã desta terça-feira, um advogado suspeito de comandar um esquema de clonagem, roubo e venda de caminhonetes de luxo em diversos Estados  e em países da América do Sul. Evangevaldo Castanheiras dos Santos, 43 anos, foi preso na última terça-feira, em um restaurante na avenida Afonso Pena no centro de Belo Horizonte. Segundo a polícia, Santos residia em Foz do Iguaçu no Paraná, onde era conhecido como “doutor do crime”.

As investigações começaram em maio de 2011, depois que uma caminhonete Amarok foi roubada de dentro de uma concessionária na cidade de São Gotardo, na região centro-oeste de Minas Gerais. De acordo com o delegado Wanderson Gomes da Silva, chefe do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), a preferência da quadrilha era veículos 4x4 novos ou seminovos, normalmente com valor estipulado acima de R$ 100mil.

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Segundo o delegado, a quadrilha atuava em Rondônia, Mato Grosso, Ceará e Minas Gerais. Os veículos eram furtados e, através de uma documentação falsificada, podiam atravessar as fronteiras principalmente da Bolívia e Paraguai. Nos arredores de Belo Horizonte, pelo menos 10 veículos foram roubados. 

“Eles roubavam o veiculo e deixavam no estacionamento do aeroporto de Confins, como garantia de que os mesmos não estavam rastreados. Se ninguém fosse buscar, eles

davam prosseguimento a clonagem. Providenciavam a documentação falsa e

placas clonadas que eram  enviadas por uma pessoa de São Paulo”,

explicou.

Ainda segundo Gomes, a mulher Maria de Fátima Barbosa, conhecida como Fátima Despachante, foi detida em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, e era a responsável pela clonagem dos veículos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo. Até o momento, somente um dos veículos roubados em Minas Gerais foi recuperado.

De acordo com a polícia, o advogado já havia sido detido outras vezes por transitar com uma caminhonete clonada. Ele estava sendo monitorado desde a cidade de Foz do Iguaçu. Há a suspeita de que o “doutor do crime” também esteja envolvido com receptação de veículos vindos da Argentina. Ao todo 10 pessoas foram detidas durante a investigação.