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Polícia

Menina de 5 anos morre ao cair de janela do 5ª andar no Rio

12 jul 2009 - 07h14
(atualizado às 15h57)
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A menina Rita de Cassia Rodrigues de Sena, 5 anos, morreu na noite de sábado, após cair da janela do 5º andar, numa altura de 25 m, do prédio onde morava no condomínio Vivenda de Tomás Coelho, no bairro de mesmo nome, na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, a tela de proteção estava danificada há meses
Segundo a polícia, a tela de proteção estava danificada há meses
Foto: Alessandro Costa / O Dia

Ela havia sido deixada sozinha no apartamento pelos pais, Fátima Rodrigues Edivirges de Sena e Gilson Rodrigues de Sena, que foram presos em flagrante por abandono, sujeitos a pena de seis a 12 anos de reclusão. O caso foi registrado na 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo).

A menina caiu por volta das 23h30, por uma tela de proteção que estava cortada na janela da área de serviço. Junto ao corpo foram encontrados pertences, como sua mochila arrumada com roupas e cadernos, ao lado das colchas, lençóis e o travesseiro de sua cama, brinquedos, uma chupeta e uma tesoura.

A perícia realizada durante a madrugada, com o auxílio das câmeras de segurança que registraram a movimentação dos pais e a queda da menina, constatou que a criança estava sozinha em casa e que a tela de proteção estava danificada há meses. A informação foi confirmada pela irmã da vítima, Camila, 14 anos.

Rita estava com os pais e a irmã numa festa julina do condomínio quando sentiu sono e foi levada e deixada no apartamento pelos pais, que voltaram à festa.

Pouco tempo depois, a menina teria acordado, arrumado as roupas na mochila como se fosse sair de casa, subido num banco colocado embaixo da janela, arremessado seus pertences e caído acidentalmente, ao se debruçar.

A criança foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde chegou sem vida. Seus pais passaram mal no hospital. A mãe teve que ser medicada, em estado de choque, e ambos foram detidos e encaminhados à delegacia na manhã deste domingo.

Segundo o delegado Marco Aurélio de Castro, da 25ª DP, os pais entraram no apartamento apenas um minuto após a queda de Rita, quando deram por falta da menina.

"Há indícios contundentes de que a criança estava sozinha em casa, não havia movimentação violenta no apartamento, sangue ou marcas de briga, é um caso bem diferente daquele de São Paulo", disse o delegado, referindo-se ao assassinato da menina Isabella Nardoni. "Houve um crime de abandono, resultando em morte."

Segundo a tia de Rita, Maria Luisa Edivirges, a menina era muito ativa e não costumava ficar sozinha em casa. Todas as janelas do apartamento tinham rede de proteção instalada e apenas a da área estava defeituosa.

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