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Polícia

Médicos cumpriram lei em aborto de menina, diz secretaria

6 mar 2009 - 17h48
(atualizado às 17h52)
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A coordenadora do Programa de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Leila Paiva, afirmou nesta sexta-feira que os médicos cumpriram o que determina a lei quando optaram por interromper a gestação da menina de 9 anos que foi violentada pelo padrasto no interior de Pernambuco.

"Essa (a realização do aborto) inclusive é a orientação que nós damos quando alguém procura o Disque 100 nesta situação (estupro e risco de vida para a mãe). Mas claro que nós não obrigamos ninguém a fazer isso, as pessoas vão decidir de acordo com convicções religiosas", afirmou.

Leila disse que a decisão da Igreja Católica de excomungar os médicos que optaram pelo aborto é uma questão de dogma e ressaltou que a atitude dos médicos foi correta do ponto de vista da saúde, já que havia a necessidade de proteger a criança.

A gravidez da menina foi interrompida na última quarta-feira, depois que os médicos ministraram medicamentos para provocar o aborto dos gêmeos.No mesmo dia, o arcebispo de Olinda e Recife, d, José Cardoso Sobrinho, anunciou que todos os responsáveis pelo procedimento estavam excomungados. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Agência Brasil Agência Brasil
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