PUBLICIDADE

Polícia

Martha Rocha: comemoração de 40 anos da escola afetou segurança

7 abr 2011 - 13h23
(atualizado às 13h45)
Compartilhar

A delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirmou na manhã desta quarta-feira que a comemoração de 40 anos da escola municipal Tasso da Silveira, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, contribuiu para a fragilidade da segurança que deixou entrar Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, que matou pelo menos 11 crianças e feriu outras 18. De acordo com Sérgio Cabral, governador do Estado, Oliveira portava duas armas calibre .38 e um cinto com muita munição.

Veja localização de escola invadida por atirador

Segundo Martha, em comemoração a seus 40 anos, a escola estava com um projeto de palestras de ex-alunos. Oliveira teria feito entrevista com uma das professoras e foi a uma sala de aula para dar uma palestra, e aí começou a atirar nos alunos.

A chefe da Polícia Civil afirmou que Oliveira não tem antecedentes criminais. Ela informou que a Divisão de Homicídios está à frente da investigação, e que ainda são realizados exames periciais na escola. A instituição continuará interditada mesmo após o fim dos primeiros exames.

Martha ainda afirmou que deslocou duas atendentes sociais que trabalham com policiais foram deslocadas para dar atendimento a familiares das vítimas. Também foram reforçados os setores de necrotério e de identificação. A Delegacia de Homicídios vai ouvir pessoas que estavam no cenário do crime, e vai investigar como Oliveira teve acesso às armas que usou para cometer os crimes. Por último, Martha recusou-se a falar da carta que Oliveira teria deixado no local falando de suas intenções. "É precipitado falar qualquer coisa usando a carta individualmente", disse.

Atentado

Um homem matou pelo menos dez crianças a tiros após invadir uma sala de aula da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da escola e se suicidou logo após o atentado, que deixou pelo menos dez crianças mortas e 18 feridas. Testemunhas relataram que o homem portava mais de uma arma.

Wellington entrou na instituição disfarçado de palestrante, e as razões para o ataque ainda não são conhecidas. O comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar, coronel Djalma Beltrame, afirmou que o atirador deixou uma carta de "teor fundamentalista", com frases desconexas e incompreensíveis e menções ao islamismo e a práticas terroristas. Os feridos foram levados para os hospitais estaduais Albert Schweitzer (que recebeu a maior parte das vítimas) e Adão Pereira Nunes, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e o Hospital da Polícia Militar.

Criminoso teve facilidade para entrar na escola por seer ex-aluno
Criminoso teve facilidade para entrar na escola por seer ex-aluno
Foto: EFE
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade