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Polícia

Mãe suspeita pela morte do filho no RS vai a enterro

14 abr 2009 - 09h37
(atualizado em 15/4/2009 às 09h36)
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Fabiana Leal

Direto de Porto Alegre

O corpo de Tobias Lee Manfred Hahn, 24 anos, foi enterrado às 9h25 desta terça-feira no Cemitério da Vila Nova, na zona sul de Porto Alegre (RS).O jovem foi morto no domingo, em casa, na rua Coronel Gomes de Carvalho, na zona sul da capital gaúcha, com um tiro de revólver calibre 44. A mãe Flávia Costa Hahn, 60 anos, é suspeita de ter feito o disparo. Ela e o pai de Tobias, o engenheiro aposentado alemão Manfred Oto Hugo Hahn, 75 anos, compareceram ao enterro.

Segundo a polícia, Flávia confessou o crime durante o depoimento. A arma utilizada é do pai do rapaz, que é colecionador. Flávia chegou a ser presa, mas deixou a Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre, na tarde desta segunda-feira.

Segundo o delegado Celso Jaeger, o rapaz era viciado em crack havia oito anos. A mãe teria relatado constantes ameaças e agressões e disse que vivia num inferno em virtude das situações que o filho criava. De acordo com o delegado, na madrugada de domingo, Flávia "teve de sacar R$ 20 para o filho durante a madrugada para ele comprar droga. Volta e meia ele estava envolvido com roubos e furtos".

Filho desejado

Cerca de 30 pessoas acompanharam o cortejo, depois que o corpo deixou a capela mortuária, às 9h05. Vizinhos e parentes da família Manfred Hahn afirmam que Flávia amava muito o filho e fez de tudo para tirá-lo do vício das drogas.

Clair Silveira Dutra, prima de Flávia, disse que Tobias foi um filho muito desejado, pois quando Flávia o ganhou, já era uma pessoa experiente e madura. "Lamento profundamente a tragédia, eles batalharam muito para ajudá-lo e para salvá-lo", disse Clair.

O marido de Clair, o aposentado Fernando Fonseca, também lamentou a morte do jovem e culpou a sociedade pela situação. "A sociedade pegou ele (...) Essa droga pega qualquer classe, principalmente essas famílias (de classe alta) porque encontram suporte financeiro", disse.

Maria Luiza Silveira, tia de Flávia, disse que cuidou de Tobias durante três meses, há 10 anos, no período em que a mãe da criança se submeteu a uma cirurgia, na Alemanha. "No tempo que parei com eles, era um menino querido, educado e carente de família. O Manfred não deixava ele freqüentar as nossas casas para ficar só com eles. Depois Flávia queria que eu cuidasse mais dele, mas fiquei responsável por outra neta e não pude", afirmou.

A prima de Flávia afirmou ainda que é difícil de compreender a situação. "Para nós, e para a mãe está sendo muito difícil. Ele (Tobias) teve de tudo, não sei o que aconteceu", afirmou.

Fonte: Terra
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