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Polícia

MA: rebelião em prisão tem 9 mortos; agentes são feitos reféns

8 nov 2010 - 16h31
(atualizado em 9/11/2010 às 11h36)
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Os detentos do Presídio São Luis, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital do Maranhão, iniciaram uma rebelião às 9h desta segunda-feira. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, nove presidiários foram mortos. Um agente foi baleado e cinco monitores foram feitos reféns. As negociações foram encerradas por volta das 21h e serão retomadas às 6h de terça-feira.

A secretaria disse que os presos renderam o agente penitenciário durante uma revista, tomaram sua arma e iniciaram a rebelião. Baleado na perna e na coluna cervical, o funcionário foi liberado por volta das 11h30 e encaminhado ao hospital. Seu estado de saúde é estável. Os monitores seguiam em poder dos detentos, por volta das 21h. Os presos foram assassinados por seus próprios companheiros, sendo que três deles foram decapitados.

O secretário adjunto de Administração Penitenciária, João Bispo Serejo, o juiz da Vara Criminal, Jamil Aguiar, e agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar, especializados em gerenciamento de crises, entraram no local para realizar a negociação. De acordo com a secretaria, o governo do Estado solicitou o apoio do Ministério da Justiça, que deve enviar policiais especializados para auxiliar nas negociações, na manhã de terça-feira.

As autoridades maranhenses atribuíram o motim ao "estado de tensão permanente" entre facções criminosas, que é alimentado pelo problema de "aglomeração" comum à maioria das prisões brasileiras, segundo a nota do governo do Estado do Maranhão.

O presídio, que tem capacidade para abrigar 220 pessoas, é ocupado por 204 apenados, segundo a SSP. Não há informações precisas sobre a pauta de reivindicações dos detentos. A secretaria disse que eles teriam reclamado da falta de água nas celas, problema que a administração do presídio negou que exista. Ainda segundo a secretaria, eles exigiram a transferência de alguns presos para outros locais.

Com informações da EFE.

Fonte: Redação Terra
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