PUBLICIDADE

Polícia

MA: detentos são mortos em presídio que teve segurança reforçada

2 jan 2014 - 21h32
(atualizado às 21h36)
Compartilhar
Exibir comentários

Foram mortos nesta quinta-feira dois presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. Um dos mortos, Sildener Pinheiro Martins, tinha 19 anos e morreu vítima de golpes de chuço durante briga de integrantes de uma mesma fação criminosa. Chuços são paus que têm uma ponta de ferro aguda semelhante a uma lança e podem ser fabricados pelos próprios detentos com objetos pontiagudos. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), o crime também está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.

Na madrugada de hoje, o detento Josivaldo Pinheiro Lindoso, 35 anos, foi encontrado morto em uma cela de triagem com sinais estrangulamento. Mais quatro presos dividiam o espaço com Josivaldo. Ele estava foragido e foi novamente preso na terça-feira, após a Justiça emitir mandado de prisão. Pelo crime de roubo, foi preso em abril de 2009 e não retornou do indulto de Natal de 2012, quando recebeu o benefício. Sua pena era seis anos.

Os dois estavam no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, que está sob segurança da Polícia Militar. Depois que uma rebelião no presídio deixou nove mortos e 20 feridos, 60 policiais militares foram enviados para aumentar a segurança. Atualmente 2.196 detentos estão presos no complexo penitenciário, que tem capacidade para 1.770 pessoas. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, somente em 2013 foram registradas 60 mortes nos presídios maranhenses, incluindo três decapitações.

A morte de Josivaldo não pôde ser evitada pelo reforço policial enviado a Pedrinhas, pois o centro de triagem é um local provisório e tem a guarda de agentes da própria penitenciária. De acordo com a Sejap, o detento costuma ficar no centro de triagem de dois a três dias para que seja avaliado o melhor local para enviá-lo. A administração de presídios busca sempre evitar que criminosos de facções rivais sejam alocados em locais próximos.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade