PUBLICIDADE

Polícia

RJ: Justiça dá prisão preventiva a PMs por chacina de jovens

1 dez 2015 - 18h24
(atualizado às 18h24)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: José Lucena / Futura Press

A prisão em flagrante dos quatro policiais militares (PMs) envolvidos nas mortes de cinco jovens de 16 a 25 anos, na noite de sábado (28), em Costa Barros, zona norte do Rio, foi convertida em preventiva. A decisão é do juiz do Plantão Judiciário, Sandro Pitthan Espíndola.

No domingo (29), os policiais militares Thiago Resende Viana Barbosa, Márcio Darcy Alves dos Santos e Antônio Carlos Gonçalves Filho foram presos em flagrante por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e fraude processual. Já o policial Fábio Pizza Oliveira da Silva foi preso por fraude processual. Todos eram lotados no 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá) e foram levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM, em Niterói, região metropolitana do Rio.

Fuzilamento

Os jovens Roberto de Souza Penha, 16 anos, Carlos Eduardo da Silva de Souza, 16 anos, Cleiton Correa de Souza, 18 anos, Wilton Esteves Domingos Junior, 20 anos e Wesley Castro Rodrigues, 25 anos, tinham passado o sábado no Parque Madureira, na zona norte. Segundo o pai de Roberto, o soldador Jorge Roberto Lima da Penha, de 48 anos, desde crianças, os rapazes eram vizinhos na Comunidade da Lagartixa, em Costa Barros, e costumavam se divertir no parque.

No sábado, foram comemorar o primeiro emprego de Roberto. Depois de saírem o parque resolveram fazer um lanche. O carro em que estavam, um Pálio branco, foi alvejado por mais de 50 disparos na Via José Arantes de Melo, que fica na entrada da comunidade, e os jovens foram mortos.

Apoio às famílias

De acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), as despesas dos sepultamentos dos jovens serão pagas pelo governo do estado, que vai prestar também assessoramento aos parentes dos rapazes mortos em Costa Barros, junto à Defensoria Pública, para a condução do processo de reparação de danos. Uma equipe da Subsecretaria de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da SEASDH está em contato com as famílias.

A SEASDH vai dar também apoio psicossocial aos parentes e será marcado para os próximos dias um encontro da equipe multidisciplinar com as famílias para definir como será feito o acompanhamento.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade