Justiça liberta Marco Prisco, Líder da greve dos PMs na Bahia
- Lucas Esteves
- Direto de Salvador
Após 43 dias de prisão, o líder da greve dos PMs na Bahia, Marco Prisco, foi solto na tarde desta sexta-feira do Complexo da Mata Escura, em Salvador. O ex-policial estava preso no local desde que foi detido após uma negociação no dia 9 de fevereiro. Dois dias após a prisão de Prisco a greve chegou ao fim.
O pedido de soltura do ex-PM foi protocolado pelo Ministério Público da Bahia e acatado pela juíza Paula de Miranda. A direção da penitenciária confirmou a soltura do preso e, por volta das 14h, ele saiu do local em um carro, declarando que a justiça foi feita com sua libertação. A saída de Prisco da prisão era esperada desde o fim da tarde de ontem.
Integrantes das associações de PMs que participaram do movimento pressionavam pela libertação de Prisco desde o começo da semana. Segundo eles, o líder era mantido em cárcere por motivos políticos. Advogados já haviam apelado da decisão de manter Prisco preso e era grande a possibilidade de concessão do benefício.
Mais cedo, outros participantes da greve também haviam sido colocados em liberdade. O ex-cabo Antônio Paulo Angelini, um dos integrantes da Associação dos Policiais Militares (Aspol) e um outro militante da causa dos direitos dos PMs, lotado no Rio Grande do Norte, tinham sido soltos por força de habeas corpus.
Em Ilhéus, no sul do Estado, onde outros policiais envolvidos na greve estão na cadeia, também há forte pressão para que haja a revogação das prisões. Ao longo da semana, familiares acamparam do lado de fora do Batalhão da Barra, onde os PMs estão presos e fizeram passeatas pelas principais ruas da cidade. Os pedidos, porém, foram negados pelo juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira, da Auditoria da Justiça Militar da Bahia.
