Justiça lacra sede dos PMs em greve em Salvador
A sede da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra), que comanda a greve da PM em Salvador, foi lacrada nesta sexta-feira por determinação da Justiça, informou a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). A ação foi realizada em cumprimento à decisão da juíza Janete Fadul de Oliveira, do plantão judiciário, que deferiu pedido feito pelo Ministério Público.
Com a determinação, fica proibida a realização de assembleias e reuniões entre os integrantes da Aspra. O oficial de Justiça responsável pela comunicação da ordem, Marcus Alexandre Moreira Araújo, do plantão judiciário do 1ª grau, encontrou a associação vazia no momento da apresentação da certidão, o que não impediu o isolamento do local.
A ação contou com o apoio da Polícia Civil. De acordo com o oficial de Justiça, a solicitação do Ministério Público visa à garantia da ordem em Salvador e no interior do Estado, abalada desde o início da paralisação, no dia 1º deste mês.
Reforço da FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou nesta sexta-feira que empenhou aeronaves para transportar 1,4 mil homens e mulheres da Força Nacional e do Exército Brasileiro para Salvador. A chamada Operação Bahia visa a minimizar os efeitos da greve de policiais militares e aumentar a segurança no Estado.
O primeiro voo partiu de Brasília por volta das 22h de ontem levando 150 policiais da Força Nacional. Ao longo desta sexta-feira, outros 800 homens chegariam a Salvador do Rio de Janeiro, Campo Grande e Recife.
Até a noite de sábado, 1,1 mil militares e policiais serão transportados pela FAB para auxiliar o policiamento na Bahia. Além disso, a FAB designou 400 militares para cuidar do funcionamento regular dos aeroportos públicos em todo Estado da Bahia.
Incêndio
Em mais uma ação que pode ter relação com a greve dos PMs na Bahia, um depósito de campânulas de orelhão da Empresa Oi (antiga Telemar), em Salvador, foi incendiado na tarde desta sexta-feira. De acordo com testemunhas, o crime teria sido cometido por dois homens, que chegaram ao local por volta das 15h em um carro sem placa.
O depósito fica às margens da rodovia BR-324. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as chamas foram controladas cerca de uma hora depois pelos bombeiros. A polícia afirmou ainda que agentes de prontidão estavam na região e conseguiram evitar a proliferação das chamas.
A assessoria da Oi informou que o incêndio teria ocorrido em um terreno e acabado atingindo o depósito de campânulas de orelhão vandalizadas, as quais seriam descartadas. "A companhia acionou sua brigada de incêndio, que atuou para debelar o fogo. O Corpo de Bombeiros também foi acionado", informou a Oi em nota. Segundo o órgão, nenhum prédio ou instalação da empresa foi atingido e não há registro de feridos.