Jovem quer segurança em raio de 2 km e abono de faltas na Uniban
Os advogados da estudante Geisy Arruda informaram nesta terça-feira que a jovem deve voltar a estudar na Uniban de São Bernardo do Campo, no Grande ABC Paulista, desde que sua segurança seja garantida em um raio de 2 km da instituição. Os advogados também exigem que as faltas que Geisy acumulou desde o dia em que precisou sair escoltada por conta dos xingamentos de que foi vítima sejam abonadas.
Geisy não vai à Uniban desde o dia 22 de outubro, quando foi hostilizada pelos alunos da universidade por conta do vestido que usava. As imagens da confusão foram gravadas por universitários e postadas no site YouTube no mesmo dia. Desde o ocorrido, a estudante não voltou mais à universidade. No sábado, a Uniban informou que a aluna foi expulsa "em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos da dignidade acadêmica e à moralidade". Mas ontem, a faculdade decidiu revogar a decisão.
De acordo com a nota dos advogados, a segurança de Geisy deve ser garantida por funcionários da Uniban. Eles também querem que a faculdade garanta que a aluna tenha direito, ao final do semestre, de seu histórico escolar, bem como de toda a documentação necessária para sua transferência para outra instituição caso seja necessário.
A Delegacia da Mulher e o Ministério Público Federal abriram investigação para apurar as circunstâncias do caso. Os advogados moveram ação por danos morais e materiais contra a Uniban.
De acordo com o diretor jurídico da Uniban, Décio Lencioni Machado, a exigência dos advogados é "exagerada". "Há um certo exageros nas exigências. Não estamos diante de uma decisão judicial que deve ser seguida em absoluto. Vamos dar segurança à Geisy de acordo com a necessidade, mas não estamos falando de nenhuma pop star", disse.