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Polícia

Jovem não lembra de espancamento em boate do Rio

4 out 2010 - 04h54
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Leandro Cosme Moreira, 26 anos, está internado há dois dias no Hospital Santa Terezinha, na Tijuca, após ser agredido na madrugada desse sábado durante uma briga no restaurante e boate Cais do Oriente, no Centro do Rio de janeiro, confusão que continuou do lado de fora do estabelecimento. O acusado da agressão é Carlos Danilo da Cunha Ribeiro Júnior, que seria lutador de luta livre. Na briga, Felipe de Paula, amigo de Leandro, também apanhou e teve a camisa rasgada. O motivo da rixa é desconhecido. O caso foi registrado pela família da vítima na 18ª DP (Praça da Bandeira) como lesão corporal.

Leandro teve fraturas no rosto, corte na cabeça, escoriações pelo corpo e, segundo parentes, não se lembra da briga. Na delegacia, Felipe contou que viu Leandro se dirigindo ao banheiro e que, logo depois, foi informado de que o rapaz tinha sido expulso do local. No depoimento, Felipe declarou que saiu do restaurante e viu Leandro machucado. Ele disse que Carlos deu um soco no nariz de Leandro que, mesmo caído, continuou apanhando. Felipe contou que tentou conversar com Carlos, pedindo a ele para parar, mas acabou apanhando também.

De acordo com Felipe, os seguranças do local não impediram a agressão. Ele, então, pegou um táxi e foi à casa dos pais de Leandro. Logo depois, eles e o tio da vítima, o policial civil Josias da Silva, 48, chegaram. "Meu sobrinho estava caído no chão, sangrando. Ele mesmo chegou a ligar para o 190. Havia uma viatura com dois PMs que não fizeram nada. Eu que peguei meu sobrinho desfalecido e o levei para o hospital", contou Josias.

Segundo ele, Carlos se apresentou como policial federal. "Fui à Polícia Federal e, lá, soube que ele não é policial. Até na delegacia ele disse isso, mas ninguém pediu a ele a identificação. Comigo foi a primeira coisa que fizeram quando me apresentei como policial", disse Josias.

O caso foi parar na 5ª DP (Gomes Freire), central de flagrantes daquela madrugada. Mas, segundo Josias, de lá o caso foi encaminhado para a 1ª DP (Praça Mauá), porque não havia flagrante. "Quando cheguei à 1ª DP, o agressor já havia sido liberado", disse ele.

Carlos nega as acusações. "Fui roubado por 10 garotos dentro do banheiro do restaurante. Perdi relógio, comanda e boné. Não sei se esse rapaz (Leandro) estava. Mas, quando saí do lugar, ele pulou no meu pescoço. Só me defendi. Não fiz registro. Mas amanhã (segunda-feira) vou fazer corpo de delito", disse Carlos, que negou ser lutador e preferiu não dizer sua profissão. Segundo a polícia, ele já foi preso por porte ilegal de arma e já respondeu por agressão.

Briga na Barra acaba na DP

Outra briga em uma boate nesse fim de semana também acabou na delegacia. A confusão entre dois grupos aconteceu na madrugada desse domingo, na Boate São Nunca, na Barra da Tijuca. De acordo com o delegado Rafael Willis, da 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado, um grupo de homens teria brincado com algumas mulheres na rua e rapazes, pensando que a brincadeira era com eles, saltaram do carro e partiram para a violência.

Policiais militares que passavam pelo local levaram todos para a delegacia. Na semana passada, outra briga, dessa vez na boate Taj Lounge, na Barra, também acabou na 16ª DP (Barra da Tijuca). Dois empresários acusam os seguranças do local de agressão.

Fonte: O Dia
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