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Polícia

Irmão de caseiro envolvido na morte de Malhães é preso no RJ

30 mai 2014 - 10h51
(atualizado às 11h43)
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Coronel reformado Paulo Malhães em depoimento à Comissão Nacional da Verdade
Coronel reformado Paulo Malhães em depoimento à Comissão Nacional da Verdade
Foto: Marcelo Oliveira / Ascom/CNV

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense prenderam na manhã desta sexta-feira Anderson Pires Teles, irmão do caseiro Rogério Pires, envolvido no homicídio do coronel Paulo Malhães. Ele foi localizado em sua residência em Santa Cruz, zona oeste do Rio, onde os policiais apreenderam sete armas roubadas do coronel. As equipes ainda estão nas ruas realizando a operação. Outro irmão do caseiro é suspeito do crime e segue foragido.

O coronel Paulo Malhães, 77 anos, foi encontrado em seu sítio em 27 de abril, um mês após admitir na Comissão Nacional da Verdade que participou de torturas e desaparecimentos durante a ditadura militar. Durante as investigações da morte de Malhães, a polícia prendeu o caseiro Rogério Pires, que teria confessado o crime e denunciado seus dois irmãos como sendo os homens que invadiram o sítio do coronel.

Mais tarde, a família do caseiro afirmou que o depoimento foi forjado. Uma das irmãs de Pires - que pediu anonimato -, disse que ele estava sendo coagido para assumir a culpa. "Ele me ligou e disse: Eu não fiz nada, mas não adianta falar que eu não fiz, porque eles querem que eu diga o que eles querem'", contou a irmã.

A família alega que os irmãos acusados não têm antecedentes criminais. "O Rogério tinha trabalho fixo e o Rodrigo (Pires) e o Anderson (Pires) eram pedreiros", disse a mãe, Maria de Fátima. "Há muito P2 (policiais da área de inteligência) andando por aqui de moto e carro. Nos sentimos vigiadas o tempo todo", relata a mãe, que se diz assustada.

Segundo uma irmã do caseiro, a família foi aconselhada por um policial a "abandonar tudo e ir embora da localidade". O delegado assistente na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Willian Júnior alegou que a intenção do policial que falou em milícia era prevenir a família. "Nenhum bandido quer ver a polícia no seu quintal. Se lá for área de milícia ou do tráfico, as coisas podem se tornar difíceis".

Fonte: Terra
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