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Polícia

Irmão da vice-governadora do Paraná é preso por corrupção

15 dez 2015 - 13h37
(atualizado às 13h37)
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu, na manhã desta terça-feira, o ex-vereador de Curitiba Juliano Borghetti, irmão da vice-governadora do Paraná Cida Borghetti. A ação, do é um desdobramento da operação Quadro Negro, que investiga o desvio de verbas públicas em obras da Secretaria de Educação. O mandado de prisão temporária contra Borghetti foi cumprido pela suspeita de corrupção.

“A informação que insejou a determinação de prisão foi a de que ele teria participado da própria corrupção, ou seja, pegar dinheiro a pretexto de levar para outras pessoas”, disse o coordenador do Gaeco no Paraná, Leonir Batisti. Além de Borghetti, que teve prisão temporária (de cinco dias) autorizada pela Justiça, também foram presos preventivamente (por até 30 dias) o responsável pela empresa Valor Construtora e Serviços Ambientais, Eduardo Lopes, e o filho dele, Gustavo Lopes.

Segundo a investigação, foram confirmados diversos pagamentos de R$ 15 mil feitos pela empresa ao ex-vereador. O valor seria para que Borghetti agilizasse os repasses do estado à empresa - acusada de realizar uma porcentagem muito pequena das obras dos colégios, mas que, por causa de documentos fraudados, conseguia receber pelos serviços, mesmo que nunca os tivesse prestado. Segundo as investigações da Operação Quadro Negro, deflagrada em julho, a empresa já teria recebido cerca de R$ 25 milhões da Secretaria de Educação por 10 contratos cujos serviços não teriam sido realizados.

O advogado do ex-vereador, Cláudio Dalledone Júnior, disse que contestará a prisão de seu cliente. “Toda a operação está fundada em três depoimentos: de duas delatoras e uma advogada”, apontou o advogado. “Juliano é inocente. Não vejo nenhum colorido criminal em qualquer conduta dele”, acrescentou, citando ainda que, como envolve deputados e secretários de estado com foro privilegiado, ele também vai questionar a legalidade da prisão, decretada pela 9ª Vara Criminal de Curitiba.

A assessoria de imprensa da vice-governadora informou que ela não comentará o caso. Borghetti também é cunhado do deputado federal Ricardo Barros (PP), relator do Orçamento no Congresso Nacional.  Juliano Borghetti foi superintendente da EcoParaná no primeiro mandato do governador Beto Richa, tendo sido exonerado do cargo depois de ter sido preso por envolvimento na briga entre torcidas do Atlético Paranaense e do Vasco, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, em Joinville.

Fonte: Especial para Terra
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