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Polícia

Índio de 7 anos é detido após assassinato de professor no AM

Criança cometeu o crime com outros cinco adolescentes no interior do Amazonas

26 ago 2014 - 15h40
(atualizado às 15h49)
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<p>Facas usadas pelos menores foram encontradas às margens do rio em que o corpo foi jogado</p>
Facas usadas pelos menores foram encontradas às margens do rio em que o corpo foi jogado
Foto: Polícia Civil / Divulgação

Um menino de 7 anos e cinco adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, foram detidos nesta segunda-feira no município de Juruá, a 640 km de Manaus. Eles assumiram terem degolado e esfaqueado um professor de 42 anos. Segundo a polícia, o crime foi motivado por vingança porque um parente da vítima teria assassinado o pai da criança apreendida. Todos os suspeitos são índios da etnia Madijá Kulina.

O caso, segundo o delegado Daniel Trindade, foi descoberto somente no final da tarde, quando a tia de um dos suspeitos procurou a delegacia do município para contar a história. "Ela (tia) contou que o sobrinho chegou em casa muito alterado e visivelmente embriagado. Ao conversar com ele, o adolescente de 13 anos contou o que tinha feito com os outros colegas", contou Trindade.

Após tomar conhecimento do crime, o delegado apreendeu todos os cinco adolescentes e a criança. Em seguida, os policias foram até uma área às margens do rio Juruá, onde o professor Roressi Madija Kulina, de 42 anos, que também é indígena, foi assassinado. No local a polícia encontrou a roupa da vítima e as facas usadas no crime.

"Quando conversamos com os garotos, ficamos horrorizados. O menino de 7 anos contou em detalhes como deu as duas facadas no professor. O adolescente de 17 anos foi quem decapitou a cabeça da vítima e os outros adolescentes ajudaram a esfaquear. Depois o corpo foi jogado no rio", explicou o delegado que acredita ser difícil localizar o corpo.

Os cinco adolescentes irão permanecer em uma cela da delegacia de Juruá e a criança já foi entregue aos avós maternos, pois ela não pode ficar detida. O caso será encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE), que decidirá se eles irão permanecer no município ou se serão encaminhados para Manaus.

Fonte: Especial para Terra
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