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Polícia

“Homem do perfume” aterroriza mulheres no centro de POA

10 jul 2015 - 12h24
(atualizado em 13/7/2015 às 09h43)
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Não bastassem os assaltos, protestos e tudo mais que acontece pelo Centro de Porto Alegre, começa a se repetir tipo de assédio um pouco mais assustador principalmente nas mulheres. É o Homem do Perfume, um personagem ainda fictício para a Polícia, mas que já teve encontros descrito pelas suas vítimas nas redes sociais.

O tal homem seria moreno, alto, magro, de fala rápida e correta – não usa gírias -, que aborda mulheres com um perfume no centro da cidade, normalmente pela Voluntários da Pátria nos arredores do Camelódromo. Ali é comum ser abordado por vendedores de todo o tipo de mercadoria. Mas neste caso, ele aplica um perfume e depois a pessoa começa a se sentir enjoada e com vontade de apagar.

Foi o que viveu a estudante de Direito Debora Nicole München quando andava na rua por ali. “Eu confundi ele com um amigo meu, mas quando cheguei mais próxima vi que não era, mas dai ele me abordou e disse que era de ume empresa de perfumes que tinha loja no Barra Shopping. Fiquei desconfiada, eu estava usando um moletom tipo canguru e logo coloquei a mão no bolso onde estava meu celular porque fiquei com medo de ser assaltada”, contou Debora.

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“Eu estava segurando uma sacola em outra mão, e ele começou a perguntar o meu nome, falava muito rápido, e não deu para prestar bem atenção, estava com medo, dai virei o rosto, e foi quando ele borrifou o perfume no meu braço. Mas pegou apenas no moletom. Virei as costas e fui andando em direção ao ponto de ônibus onde tinha mais gente”, contou. Ela descreveu um segundo homem que observava tudo de perto como uma pessoa de  aproximadamente 1,70 m de altura um pouco obeso.

“Me deu uma náusea enorme, esperei o ônibus, mas estava bem desconfiada achando que queriam me assaltar. Quando cheirei meu braço senti um cheiro forte e comecei a ficar ainda mais enjoada. Dentro do ônibus fiquei ainda pior e comecei a sentir que ia desmaiar. Na hora tu nunca pensa que está acontecendo alguma coisa... mas quando cheguei em casa vi que pelo menos outras duas meninas passaram pela mesma coisa”, relatou Debora.

O que lhe chamou atenção no homem eram as vestes: calça jeans, camisa branca e casaco preto, pele morena, cabelo liso com um pequeno topete, e com boa conversa. “Ele falava corretamente, sem falar muitas gírias tipo ‘meu’ e etc.”

No entanto, apesar dos relatos e dos temores relatados por mulheres, a polícia diz que não tem nenhuma ocorrência formalizada que possa motivar uma investigação mais aprofundada. Com base nos relatos, a equipe de inteligência da Brigada Militar, que é a PM gaúcha, tem feito um trabalho de monitoramento em busca de mais informações.

Polícia reclama da falta de registro de BO

“O registro da informação não foi feito, as pessoas preferem falar no Facebook ao invés de fazer o registro da ocorrência. Por isso, oficialmente, não tenho conhecimento das informações, o que temos é o que está nas redes sociais”, conta a capitã do batalhão da Brigada Militar responsável pela região central Marta Richter de Oliveira.

“Na semana passada tivemos a apreensão de 215 frascos de perfume, que foram encaminhados para a delegacia que vai pedir a devida perícia, mas aparentemente não tinha vinculação com essa situação”, afirmou.

Ela incentivou as vítimas a realizarem o registro para que os autor possa ser enquadrado em uma eventual situação de lesão corporal, “mas até onde sabemos foram casos isolados”, finalizou. 

Fonte: Terra
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