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Polícia

Governo do Rio descarta PF na investigação da morte de juíza

12 ago 2011 - 18h21
(atualizado às 18h33)
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Em nota divulgada no final da tarde desta sexta-feira, a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro informou que as investigações sobre o assassinato da juíza Patrícia Acioli, na noite de quinta, em Niterói, são conduzidas "única e exclusivamente" pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. "A colaboração da Polícia Federal não foi necessária", afirmou a secretaria.

Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Foto: Reprodução

Mais cedo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Superintendência da Polícia Federal no Rio apurasse o crime. Ele atendeu a um pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, que telefonou para o ministro assim que soube do caso e solicitou intervenção urgente da PF.

Após a divulgação da nota, a Polícia Federal confirmou que a investigação ficará subordinada à Secretaria de Segurança do Rio, mas que a PF estará à disposição para apoiar os trabalhos, se for necessário.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Fonte: Terra
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