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Polícia

GO: policial será investigado após agredir jovem de 13 anos

Afastado para tratamento psicológico e com acusação de homicídio contra a esposa em 2004, Policial civil bateu no jovem na última terça-feira e sacou uma arma em frente a uma escola estadual de Trindade

12 mar 2015 - 19h23
(atualizado em 14/3/2015 às 10h36)
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Corregedoria vai investigar policial que agrediu adolescente e sacou arma em frente a escola
Corregedoria vai investigar policial que agrediu adolescente e sacou arma em frente a escola
Foto: Polícia Civil / Divulgação

Após divulgação nas redes sociais de um vídeo mostrando um policial civil dando tapas e socos em um adolescente de 13 anos e até sacando uma arma em frente uma escola estadual, a Direção Geral da Policia Civil de Goiás divulgou nota informando que providências foram adotadas para apurar a conduta do agente.

O órgão lamentou o ocorrido e garantiu “apuração com todo rigor e transparência” em relação ao agente Daniel da Silva Carneiro, 51, lotado no 18º Distrito Policial, em Goiânia, que agrediu o adolescente na última terça-feira (10), na porta do Colégio Estadual Alfa Omega, no município de Trindade (a cerca de 25 km de Goiânia).

Policial é flagrado agredindo adolescente em frente a escola:

Segundo a delegada Renata Vieira, da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente da cidade, que apurou o fato, o policial alegou que acreditava que o adolescente teria ameaçado a filha dele, que também estuda na escola, e teria ido tomar satisfações com o menor no dia seguinte. Na segunda-feira (9), o menor agredido foi com um amigo à casa da menina. Esse amigo, um outro adolescente, é namorado de uma outra garota que vivia se desentendendo com a filha do policial. “Ao atender a porta, o agente Daniel só viu a vítima. Na verdade, o garoto não tinha nada a ver com a estória, só foi acompanhar o amigo. Não tinha problema com ninguém. Quem ameaçou foi o outro rapaz”, detalhou a delegada.

O vídeo divulgado mostra o policial dando tapas e socos no garoto. Depois, o garoto é derrubado no chão, tem o pescoço apertado e leva mais tapas. Um grupo de adolescentes que assistia a cena tenta intervir para livrar o menor das agressões. Em seguida, o policial pega uma arma e mira os alunos, mas não dispara.

De acordo com a delegada Renata Vieira, o garoto foi levado ao IML, mas não foram constatadas lesões. Além disso, o vídeo não foi apresentado na delegacia no momento da instauração do procedimento. Por isso, o policial assinou um termo circunstanciado de ocorrência pela contravenção de vias de fato, e não pelo crime de lesão corporal. Porém, também assinou termo pelo crime de exposição ao perigo. Em seguida, foi liberado, mas teve a arma apreendida.

Segundo a nota da Polícia Civil,  procedimentos administrativo e penal serão instaurados pela Corregedoria do órgão, “com o objetivo de responsabilizar o referido policial pela conduta adotada de forma violenta e totalmente na contramão da orientação da direção da instituição na prestação de serviços por parte da Polícia Civil”.

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Ainda de acordo com a nota, a conduta do policial “é isolada e inadequada para uma instituição que prega o bom atendimento e qualidade nos serviços que presta”. Daniel da Silva Carneiro chegou a ser demitido em 2002, por prática de crime de concussão (corrupção praticada por servidor público), mas foi reintegrado em fevereiro de 2009, por ordem judicial. Até esta quinta-feira, estava em licença médica para tratamento psicológico.

Sobre o fato do policial, mesmo estando de licença, portar arma, a Direção Geral da Policia Civil esclarece que não havia recomendação em laudo psicológico ou psiquiátrico para que lhe fosse proibido o seu uso e que “não há impedimento legal para que todo policial porte arma, mesmo fora de serviço”.

A nota da Polícia Civil ainda informa um crime de homicídio cometido por Daniel contra sua esposa, em 2004. A polícia informou ainda que ele foi vítima de furto em 2005. 

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Fonte: Especial para Terra
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