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Polícia

GO: policiais aliados a traficantes fizeram 54 vítimas

Extorsão, torturas e homicídios são alguns dos crimes cometidos pelo grupo

30 out 2014 - 21h34
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A Polícia Civil apresentou um balanço da Operação Malavita, realizada na quarta-feira, e que teve como objetivo cumprir 39 mandados de busca e apreensão e 23 mandados de prisão contra, até agora, 14 policiais militares, dentre os quais dois capitães, e 4 policiais civis, além de três outras pessoas suspeitas de atuar em colaboração com o tráfico de drogas na cidade de Anápolis (a 55 Km de Goiânia) desde 2011. Ainda há dois foragidos.

Segundo o delegado Alexandre Lourenço, responsável pela operação, diversos crimes foram cometidos a mando de traficantes contra  54 vítimas confirmadas. Outras 6 seriam parte crimes ainda em apuração. Os homicídios eram os crimes que mais predominavam.  

“São 36 inquéritos que abarcam uma imensidão de crimes, dentre extorsão, sequestro, homicídios, tortura, abuso de autoridade, entre outros tantos”, disse o delegado em entrevista coletiva. O desaparecimento de uma das vítimas, um jovem, após abordagem policial em junho de 2013, provocou o início das investigações por parte da  Delegacia de Repressão Às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). Segundo o delegado Alexandre, os policiais e os demais suspeitos agiam na disputa de território de traficantes.“Eles na verdade estavam se apropriando de uma determinada região para a administração do tráfico. Neste contexto decorrem todos os crimes”, ainda explicou o delegado.

Apesar dos assassinatos muitas vezes terem sido contra possíveis testemunhas das atividades do grupo, o delegado Alexandre Lourenço descarta que houvesse um grupo de extermínio em atividade. “Não falamos em grupo de extermínio porque o contexto do grupo extermínio exige um elemento probatório ainda mais pujante e a fase de investigação se estende para além da Operação, que foi ontem”, afirmou o delegado.   

O delegado Alexandre Lourenço disse que apenas a primeira fase da operação malavita foi executada e que outros envolvidos ainda podem ser presos. “Nós não alcançamos todos os envolvidos. As investigações caminham, ainda prosseguem e a gente não sabe até onde irão”, garantiu, conformando que há mais suspeitos. Ainda conforme  a Policia Civil, as investigações ainda não permitem, por hora, apontar quem são os líderes da quadrilha.

Fonte: Especial para Terra
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