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Polícia

Foi um filme de terror que não dá para esquecer, diz aluno

7 abr 2011 - 16h32
(atualizado às 17h34)
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Após um ex-aluno invadir uma escola em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, matar 11 crianças e se suicidar, o estudante Marcos Vinícius, 11 anos, que estava na instituição no momento do ataque, relatou nesta quinta-feira os momentos de pânico em sua sala de aula. "Muito colega chorando, eu pensei comigo 'se ele entrar todo mundo morre'. Fiquei feliz quando vi a minha mãe, mas foi um filme de terror. Não dá para esquecer uma coisa como essas", disse. "Todo mundo deitou no chão e se manteve em silêncio. A professora pediu para que a gente ficasse sem fazer barulho para não chamar a atenção do matador", afirmou.

Vizinhos e familiares viveram pânico também do lado de fora da escola
Vizinhos e familiares viveram pânico também do lado de fora da escola
Foto: EFE

Veja localização de escola invadida por atirador

Vizinhos, familiares e alunos, que aguardavam por notícias em frente à escola, também viveram momentos de desespero. "Para mim vai ser um trauma difícil de apagar, porque moro em frente à escola e conheço muitas crianças. Depois que a polícia tomou conta da situação, saí correndo e fui abraçar a minha filha", disse Hercilei Antunes, que encontrou a filha de 11 anos escondida embaixo de uma mesa dentro do colégio após o tiroteio.

Atentado

Um homem matou pelo menos 11 crianças a tiros após invadir uma sala de aula da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da escola e se suicidou logo após o atentado. Testemunhas relataram que o homem portava mais de uma arma.

Wellington entrou na instituição alegando ser palestrante, e as razões para o ataque ainda são desconhecidas. O comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar, coronel Djalma Beltrame, afirmou que o atirador deixou uma carta de "teor fundamentalista", com frases desconexas e incompreensíveis e menções ao islamismo e a práticas terroristas. Os feridos foram levados para os hospitais estaduais Albert Schweitzer (que recebeu a maior parte das vítimas) e Adão Pereira Nunes, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e o Hospital da Polícia Militar.

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