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Polícia

Filmado ao matar ex: ela disse que eu não seria homem para atirar

19 ago 2011 - 14h47
(atualizado às 14h58)
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José Guilherme Camargo
Direto de Belo Horizonte

O borracheiro Fábio Willian Soares, 32 anos, afirmou, em depoimento, que era constantemente humilhado pela ex-mulher, Maria Islaine de Morais, 30 anos, assassinada em janeiro do ano passado. Fabão, como é conhecido, está sendo julgado pelo crime no 1º Tribunal do Júri no Fórum Lafayete, em Belo Horizonte (MG), nesta sexta-feira. Segundo ele, a cabeleireira disse, antes de ser morta, que ele "não seria homem para atirar".

Sentado no banco dos réus, borracheiro disse que "perdeu a cabeça"
Sentado no banco dos réus, borracheiro disse que "perdeu a cabeça"
Foto: Terra

O crime aconteceu dentro do salão de beleza da vítima, no bairro Guarani, região norte da capital mineira, em 29 de janeiro de 2010, e foi gravado pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Fabão foi denunciado por homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima. Se condenado, ele pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão.

No júri, Fábio se reservou a responder somente a questões do juiz Christian Gomes Lima, que preside a sessão, e do advogado de defesa, Ércio Quaresma Firpe - que era advogado do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, acusado da morte sua ex-amante. Em seu depoimento, o réu disse que não tinha a intenção de assassinar a ex-mulher, mas "perdeu a cabeça". "Fui para conversar com ela, mas ela continuou me humilhando. Disse que eu não era homem de atirar. Eu estava armado porque estava sofrendo ameaças do traficante, que era dono do salão onde ela trabalhava", disse.

Fabão ainda negou que tenha matado Maria Islaine por causa de uma quantia de R$ 25 mil referentes à partilha de um apartamento, que pertencia ao casal. Segundo ele, a cabeleireira não respeitava uma determinação judicial de que Fábio não poderia chegar a 300 m dela. "Ela não me deu paz, ficava com o documento do afastamento judicial sempre na mão e falava que ia me por na cadeia. Ele alugou o salão de beleza a 50 m da borracharia", disse.

O juiz Christian Gomes ouviu três testemunhas - uma ex-namorada do acusado, um amigo e uma amiga do casal. O julgamento começou por volta de 10h da manhã. No início da tarde, a promotoria e a defesa iniciaram a fase de discussão e exposição dos argumentos aos jurados.

Fonte: Especial para Terra
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