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Polícia

Filho de bicheiro morre em atentado com granadas no Rio

8 abr 2010 - 13h19
(atualizado às 19h18)
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O filho do contraventor Rogério Andrade foi executado, na tarde desta quinta-feira, na pista do meio da Avenida das Américas, na altura do condomínio Barra Bali, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Thiago Andrade morreu na hora e o corpo do rapaz, vestido com bermuda e camisa de malha, estava queimado.

Policiais examinam veículos atingidos pelas explosões
Policiais examinam veículos atingidos pelas explosões
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press

Dois carros e uma moto foram atacados por bandidos e estão completamente queimados. Outros veículos que passavam pelo local também foram atingidos. Segundo o advogado Luiz Carlos da Silva Neto, havia uma mulher em um dos carros, mas ela não teria vínculos familiares com a vítima fatal.

O bicheiro também estava em um dos veículos e sofreu ferimentos no rosto. Ele foi operado no Hospital Barra D'Or, no mesmo bairro. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde. Fontes da Polícia Civil afirmam que o veículo de Rogério estaria com marcas de estilhaçoes de granada e de tiros. O local onde ocorreu o crime está isolado pela Polícia Civil.

Um outro carro, um Vectra preto, foi abandonado pelos criminosos metros depois do local do crime. De acordo com bombeiros, os primeiros a chegar no local, houve uma explosão muito forte e que tentaram controlar o fogo rapidamente, mas o fogo já havia destruídos os carros.

O tiroteio aconteceu na Avenida das Américas, na altura do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (GMar). De acordo com a Polícia Militar, os dois grupos estavam fortemente armados. Houve muitos disparos de fuzis e lançamento e explosão de granadas.

A Avenida das Américas chegou a ser interditada por alguns minutos. O trânsito ficou caótico no local.

Contraventor deixou Bangu 1 em 2009

No dia 23 de junho de 2009, os cinco ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram, por unanimidade, soltar Rogério Andrade, um dos chefes da máfia dos caça-níqueis da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O contraventor estava preso em Bangu 1, no Complexo de Gericinó.

Rogério - que protagonizou uma guerra contra o rival, Fernando Iggnácio, deixando dezenas de mortos - havia sido condenado a 19 anos de prisão pela morte do primo, Paulinho de Andrade, filho de Castor de Andrade, em 1998, na Barra da Tijuca.

Em novembro, o advogado Luiz Carlos da Silva Neto, que defende o bicheiro, já havia conseguido, no mesmo STJ, a anulação da sentença.

Em janeiro, Rogério e Iggnácio foram condenados pela 4ª Vara Federal Criminal a 18 anos de reclusão por formação de quadrilha armada, corrupção ativa e contrabando após a Operação Gladiador. Mas em março Iggnácio já havia conseguido um habeas corpus.

Fonte: O Dia
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