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Polícia

Termina rebelião que deixou 8 mortos em presídio na Bahia

Motivo da rebelião seria uma briga - com direito a tiros e facadas - entre integrantes de facções rivais

25 mai 2015 - 09h00
(atualizado às 15h09)
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Terminou na manhã desta segunda-feira (25) uma rebelião no Conjunto Penal de Feira de Santana, na Bahia, iniciada na tarde de ontem (24). A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) do Estado não confirmou o número de reféns, mas informou que eles já estão sendo liberados, dois a dois. Ao menos oito pessoas foram executados, segundo informações da Globo News.

Familiares dos presos, incluindo mulheres e crianças, foram feitos reféns. As informações são da BATV. De acordo com a emissora, a confusão começou por volta das 14h30, horário de visita de parentes. O motivo seria uma briga - com direito a tiros e facadas - entre integrantes de facções rivais. 

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Os presidiários liberaram os companheiros feridos para que fossem encaminhados ao hospital, mas mantiveram todos os reféns. As negociações com a polícia foram suspensas por volta das 22h e retomadas às 7h de segunda-feira com a chegada da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal. 

A secretaria confirmou que 49 pessoas foram feitas reféns, dos quais 41 mulheres, sendo três gestantes, além de  sete crianças e um homem. Todos foram liberados sem ferimentos.

A causa do motim também não foi confirmada pela Seap, mas acredita-se ter sido um protesto por melhorias nas condições do presídio. O Conjunto Penal de Feira de Santana tem capacidade para 644 detentos mas abriga 1.467, sendo 1.104 presos provisórios, homens e mulheres.

Vereadores vão discutir condições do presídio de Feira de Santana

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Feira de Santana, na Bahia, se reunirá amanhã (26) para discutir as condições do Conjunto Penal de Feira de Santana e apresentar as recomendações necessárias ao governo do Estado. Mas, segundo o presidente da comissão, vereador Pablo Roberto, ao contrário do que informa a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) em seu site, o presídio não está superlotado.

“Tivemos uma reunião com o secretário (da Seap, Nestor Duarte) e ele nos disse que o presídio foi reinaugurado e dobrou o número de vagas. A informação é que ampliou para 1.400 vagas e ele abriga 1.396 detentos”, disse.

Roberto participou das negociações para o fim da rebelião no Pavilhão 10 do Conjunto Penal que terminou na manhã de hoje “Esse presídio não tem histórico de rebeliões. Por ser o segundo maior do estado, é considerado tranquilo”, disse o vereador Roberto, explicando que, para o fim da rebelião, ficou acordado a troca de pavilhão para alguns detentos. Segundo a Seap, foram 16 horas de negociação.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Terra
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