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Polícia

Estudante de Medicina que atendeu Joanna se entrega no Rio

1 mar 2011 - 15h17
(atualizado às 15h25)
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O estudante de Medicina Alex Sandro da Cunha Souza se apresentou na última segunda-feira na delegacia de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O jovem estava foragido desde agosto de 2010, quando teve a prisão preventiva decretada por exercício ilegal da profissão. Ele atendeu, em julho do ano passado, Joanna Marcenal Marins, 5 anos, que morreu em decorrência de uma meningite certa de um mês depois.

Nesta terça-feira, Alex Sandro é interrogado pelo juiz Alberto Fraga, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Segundo o juiz, as testemunhas de acusação e defesa já foram ouvidas. Após o interrogatório do réu, o processo entrará na fase de alegações finais do Ministério Público e da defesa. Em seguida, será proferida sentença que decidirá se o estudante irá ou não a júri popular, de acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Alex Sandro foi contratado pela médica Sarita Fernandes Pereira - que está presa desde agosto e responde a processo por homicídio e omissão - e atendeu Joanna no hospital Rio Mar, na zona oeste do Rio de janeiro, e lhe deu alta quando ela ainda estava desacordada. O réu também foi denunciado pelo mesmo crime em relação a todas as vítimas não identificadas, até o momento, atendidas no mês de julho de 2010 na emergência do hospital, entre outros crimes.

O caso

A menina Joanna, 5 anos, morreu em agosto de 2010, no Hospital Amiu, em Botafogo, onde passou 26 dias em coma. Ela foi internada com edema cerebral, hematomas nas pernas e sinais de queimaduras. Antes de chegar ao Amiu, ela foi levada ao Hospital Rio Mar, na zona oeste, onde foi atendida por um estudante de Medicina, acusado de lhe dar alta mesmo estando desacordada. Ele disse ter sido contrato pela médica Sarita Fernandes Pereira, que também chegou a ser presa acusada do homicídio.

De acordo com a denúncia do MP, o pai e a madrasta submeteram a criança a intenso sofrimento e a mantiveram dentro de casa com as mãos e pés amarrados. A menina, que teria sido deixada por horas e dias deitada no chão suja de fezes e urina, foi, ainda segundo a denúncia, queimada na região das nádegas e lesionada com hematomas em diversos pontos do corpo e na face.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Joanna foi vítima de maus-tratos e que morreu devido a uma meningite viral. Segundo o documento, a doença se desenvolveu devido à baixa imunidade da criança. O pai de Joanna e a madrasta da criança respondem por tortura e homicídio qualificado. A médica Sarita e o estudante de Medicina que atendeu Joanna também respondem pela morte da criança.

Fonte: Terra
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