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Polícia

Escutas telefônicas apontavam que quadrilha presa no Acre se intitulava G-7

10 mai 2013 - 13h35
(atualizado às 13h37)
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Delegado falou sobre detalhes dos crimes praticados pela quadrilha
Delegado falou sobre detalhes dos crimes praticados pela quadrilha
Foto: Fábio Pontes / Especial para Terra

Após os 15 mandados de prisão cumpridos na manhã desta sexta-feira em Rio Branco, a Polícia Federal no Acre informou que as empresas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro público se intitulava G-7, o que motivou o batismo da operação policial de G-7.

Segundo o superintendente da PF no Acre, Marcelo Salvio Rezende, o grupo se revezava no ganho das licitações para obras executadas pelo governo estadual. De acordo com ele, o esquema pretendia até ampliar o número de empresas envolvidas, chegando até a G-8 ou G-9.

Os presos serão indiciados por desvio de verbas públicas, crime contra a ordem econômica por formação de cartel, falsificação de documentos, peculato, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

A polícia afirma que o governo chegou a pagar por serviços não executados pelas empresas. Uma das atuações da quadrilha era o programa “Ruas do Povo”, de pavimentação de ruas em 22 municípios acreanos. O programa era capitaneado pelo diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Gildo César, preso pela PF.

De acordo com o superintendente, o grupo mostrava interesse em participar das licitações da Cidade do Povo, maior programa habitacional executado pelo governo Tião Viana (PT), com custo orçado em um R$ 1 bilhão.

 “As empresas se aliaram numa espécie de cartel para dominar o mercado e afastar a concorrência. Com isso, o grupo consegue dominar praticamente todas as licitações”, afirmou Rezende.  “As investigações constataram que o grupo tem ramificações na estrutura do governo do Estado.” O delegado afirma que os funcionários públicos presos na operação atuavam em benefício do esquema. Todos os seis contratos analisados até agora são referentes ao programa Ruas do Povo. “Algumas obras (do Ruas do Povo) não foram concluídas, mas pagas.”

Deste levantamento inicial, a PF constatou desvios de R$ 4 milhões. Com a apreensão de computadores e documentos em órgãos públicos e nos escritórios das empresas acusadas, a polícia afirma que terá uma dimensão melhor da atuação do grupo e os danos causados ao erário.

Fonte: Especial para Terra
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