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Polícia

ES: TJ apura caso de presos obrigados a sentar em chão quente

12 jan 2013 - 19h02
(atualizado às 19h13)
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O Tribunal de Justiça do Espírito Santo investiga uma denúncia de tortura de 52 presos do Complexo Prisional de Xuri, em Vila Velha. Segundo a denúncia, os detentos foram retirados das celas e encaminhados para o pátio do presídio, onde ficaram cerca de 2 horas sentados nus no chão de cimento aquecido pelo sol. "A situação acarretou queimaduras nas nádegas de todos os internos", afirmou em nota o presidente do órgão, o desembargador Pedro Valls Feu Rosa.

O caso teria acontecido no dia 2 de janeiro, mas a denúncia foi recebida pelo tribunal somente na quinta-feira. Os presos passaram por exame de corpo de delito. Segundo o desembargador, os presos teriam sido torturados por um grupo de agentes penitenciários depois de reclamar da falta de água.

Depois da tortura, segundo o Tribunal de Justiça, a direção do presídio suspendeu as visitas e os detentos foram isolados dos demais presos. Eles não teriam recebido medicamento nem atendimento médico, permanecendo com queimaduras expostas pelo corpo até a última quinta-feira.

"O que nos assusta é que, apesar da gravidade dos ferimentos, os 52 reeducandos ficaram isolados, sem exame e atendimento médico, e sem que a direção do presídio informasse às autoridades o que aconteceu na unidade", disse em nota o coordenador das Varas de Execuções Penais do Tribunal de Justiça, juiz Marcelo Loureiro.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo criou uma ferramenta em seu site para receber denúncias de tortura Em um ano, o Torturômetro já recebeu 355 denúncias, segundo o órgão.

Fonte: Terra
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