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Polícia

"Ele não era louco", diz irmão de homem que baleou médico

22 set 2014 - 07h14
(atualizado às 07h47)
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O irmão do ex-médico Daniel Forti, que baleou o urologista do hospital Sírio-Libanês Anuar Mitre, na última segunda-feira, e se matou em seguida disse, estava sofrendo com dores e depressão após uma cirurgia na uretra, segundo o irmão dele, José Forti. “Para o meu irmão agir dessa forma, ele não era um louco. Muito pelo contrário”, disse em entrevista ao Fantástico.

Segundo José Forti, no dia da tragédia seu irmão estava normal e até cuidou do jardim pela manhã.  Na parte da tarde, Daniel saiu de seu apartamento e foi até o consultório do urologista, na região central de São Paulo.  Após se identificar como paciente, ele entrou no consultório e atirou contra o médico. Em seguida, Daniel se matou.

Anuar Mitre foi socorrido no hospital Sírio-Libanês, que fica em frente ao seu consultório, e segue em observação após passar por cirurgia.

Segundo o irmão de Daniel, o atirador sofria com dores constantes e passava por depressão. “Ele não saía (de casa com os amigos). Não consegue viver normalmente, não consegue trabalhar”, disse. Sem condições de atuar como médico, ele pediu cancelamento de seu registro e fez uma queixa contra o urologista no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Segundo o processo, Daniel alega que Anuar foi negligente e imprudente por ter realizado “uma cirurgia mutiladora”. O médico do Sírio foi procurado após Daniel ter feito diversos procedimentos cirúrgicos com outros especialistas em decorrência de um acidente de motocicleta.

Segundo José Forti, seu irmão não sofria com problemas de impotência antes da cirurgia feita por Anuar e as "funções funcionavam normalmente". Segundo o urologista do Hospital das Clínicas Giuliano Betoni Guglielmetti, o acidente pode ter prejudicado a disfunção erétil de Daniel. “Obviamente, quando rompe a uretra, tende a não romper só a uretra, rompe também alguns nervos que estão ao redor da uretra e vasos que são responsáveis pela ereção. O mais provável, muito mais provável, é que ele tenha tido uma disfunção erétil por causa do acidente e não por causa da cirurgia”, disse.

O médico Alfredo Salim Helito, que trabalha com o urologista há mais de 30 anos, confirma que a cirurgia feita em Daniel foi bem sucedida. “Esse paciente passou a urinar pela sua uretra normalmente”, disse.

Segundo Helito, que cuida da recuperação de Anuar, o médico baleado não “teve nenhuma sequela aparente, está consciente e mexendo todos os membros” Não há previsão de alta para Anuar Mitre.

Fonte: Terra
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