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Polícia

Diretor da Galvão diz que foi extorquido e admite propina

18 nov 2014 - 08h14
(atualizado às 09h35)
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O diretor de Óleo e Gás da construtora Galvão Engenharia afirmou em depoimento na tarde desta segunda-feira em Curitiba que aceitou pagar propina ao esquema do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Segundo Erton Medeiros Fonseca disse à Polícia Federal, ele entregou o dinheiro após ser extorquido por Costa e Youssef. O dinheiro, segundo o executivo, seria entregue ao Partido Progressista (PP). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

A extorsão, segundo Erton, foi feita por meio de ameaças. Costa e Youssef teriam afirmado que, se não fossem atendidos, a Galvão Engenharia seria prejudicada pela Petrobras nos contratos em andamento.  Ainda de acordo com o diretor, Fonseca afirmou que já havia sido procurado em 2010 pelo então deputado do PP José Janene, que comandava o esquema de propinas destinado ao partido, segundo ele.Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef teriam assumido o esquema após a morte de Janene, em setembro de 2010.  

Sem eu depoimento, o executivo negou que a Galvão tenha formado cartel com outras empresas ou que tenha pago propina para ganhar licitações. Após as declarações, Fonseca se disse disposto a fazer uma acareação com Costa e Youssef.

O advogado de Alberto Youssef, Antonio Augusto Figueiredo Basto, afirmou que ainda não teve acesso ao depoimento de Fonseca e que não iria se manifestar. O advogado de Costa não foi localizado pelo jornal até o fechamento da edição.

Procurado, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, não retornou as ligações. O secretário-geral nacional do PP, Aldo da Rosa, disse estar no posto há apenas um ano e que não tem informações sobre o assunto.

Fonte: Terra
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