A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira uma lei que torna mais rígido o cumprimento da pena de condenados a crime de exploração de crianças e adolescentes. Em breve cerimônia, a presidente recebeu a apresentadora Xuxa Meneghel, madrinha do Disque 100, serviço de ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos.
“Agora é inafiançável. Agora realmente não tem mais conversa. Fez vai ter de pagar, e por muito tempo”, comentou Xuxa ao deixar o Palácio do Planalto. A apresentadora teve uma agenda cheia em Brasília e também apoiou no Congresso Nacional a aprovação em comissão de um projeto que condena agressões a crianças e adolescentes em casa, a chamada “lei da palmada”.
A partir da assinatura da presidente, os crimes de abuso de crianças e adolescentes se tipificam como hediondo. Desta forma, deve ser cumprido inicialmente em regime fechado, isento de anistia, indulto ou fiança. O cálculo da progressão de regime para semiaberto também muda de um sexto da pena para dois quintos.
“Não tem fiança, não tem progressão, não tem indulto. Essa lei é para inibir o crime de violência sexual”, diz Ideli Salvatti, ministra da Secretaria de Direitos Humanos. Hoje esse tipo de crime tem punição prevista que varia de 4 a 10 anos e também é aplicável a quem facilitar essa prática ou impedir ou dificultar o seu abandono pela vítima. Iguais penas são atribuídas a quem for pego praticando sexo ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos no contexto da prostituição.
A Lei do Crime Hediondo já prevê essa classificação para outros dez crimes graves, como estupro de crianças e adolescentes menores de 14 anos e pessoas vulneráveis (que não têm condições de discernimento para a prática do ato devido a enfermidade ou deficiência mental), latrocínio e sequestro seguido de morte.
Após ser ofendida por deputado, a apresentadora Xuxa Meneghel responde com 'coração'
Foto: Gabriela Korossy / Agência Câmara
Xuxa foi convidada a participar da sessão na Comissão de Constituição e Justiça que discutiu a Lei da Palmada
Foto: Gabriela Korossy / Agência Câmara
A apresentadora recebe a atenção da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti
Foto: Gabriela Korossy / Agência Câmara
Por ser uma proposta polêmica, a sessão foi marcada por discussões entre os parlamentares
Foto: Gabriela Korossy / Agência Câmara
Defensores criticam o apelido dado à proposta, chamado de Lei da Palmada
Foto: Gabriela Korossy / Agência Câmara
A apresentadora participou também de reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves
Foto: Rodolfo Stuckert / Agência Câmara
Deputado Pastor Eurico critica duramente Xuxa durante a sessão
Foto: Gabriela Korossy / Agência Câmara
Em Brasília, Xuxa visitou a central do Disque 100, serviço de ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos
Foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil
Dilma sanciona a lei ao lado da ministra Ideli Salvatti, da apresentadora Xuxa e do cantor Sérgio Reis
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Na tarde desta quiarta-feira foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos, a Lei da Palmada
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros pediu pressa para a aprovação desta lei
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
A lei proíbe ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento físico ou lesão à criança ou ao adolescente. O tratamento cruel ou degradante é definido como conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança"
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
A apresentadora ainda fez um "selfie"com o presidente do Senado antes da votação
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
A apresentadora de TV Xuxa Meneghel participou da sessão na Comissão e defendeu que "deve-se ensinar sem violência."
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
Xuxa assiste a aprovação da lei com neto de Renan Calheiros
Foto: Moreira Mariz / Agência Senado
Renan Calheiros, Xuxa com Enzo no colo, o senador Delcídio do Amaral, e a ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti