DF: médica que cercou casa com seringas com HIV será avaliada

22 ago 2011 - 21h58

(atualizado às 23h37)

Uma médica que fixou seringas com sangue HIV positivo na cerca de casa em um condomínio de Brasília e fez o alerta para eventuais ladrões ("Muro com sangue HIV positivo - não pule") será encaminhada para avaliação clínica após retornar às atividades no Hospital Regional do Paranoá, na terça-feira, quando se encerra seu abono anual, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. De acordo com a síndica do condomínio, a intervenção no muro ocorreu na última quinta-feira. A direção do hospital informou que, caso a servidora tenha se apropriado de material da secretaria, será aberto um processo de sindicância. As informações são da Globonews.

A médica lista uma série de assaltos para justificar a medida. "A primeira vez foi (furtado) um cortador de grama. (Depois furtaram) Secador de cabelo, máquina fotográfica... E a última foi uma televisão, uma tela plana." O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) afirmou que irá apurar a ação da médica e adiantou que a atitude apresentou indícios de infração ao Código de Ética Médica, já que ela colocou em risco a saúde dos moradores vizinhos e confessou ter retirado as seringas do hospital, o que seria irregular. A síndica ainda informou que a médica foi notificada pelo condomínio no sábado e deverá pagar multa de R$ 180. "A situação extrapola a capacidade do condomínio de notificá-la. É um assunto mais amplo, é uma ameaça à sociedade. Se uma pessoa portadora (do vírus HIV) vir uma coisa dessa no muro de uma casa, se torna algo constrangedor, é discriminatório", disse a síndica.