PUBLICIDADE

Polícia

Delegada: pressa fez pai de menino que se matou deixar arma carregada

28 set 2011 - 13h49
(atualizado às 15h22)
Compartilhar
Hermano Freitas
Direto de São Paulo

A delegada do 3° Distrito Policial de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, Lucy Fernandes, acredita que o pai do menino que atirou na professora antes de se suicidar não pode ser acusado de negligência e não tem planos de indiciá-lo. "Ele não escondia dos filhos onde estava a arma, mas tinha a precaução de deixá-la sem balas", disse. No entanto, o pai contou ter deixado a arma estava carregada no dia em que seu filho a pegou pois estaria com pressa.

Lucy Fernandes ouviu, entre a manhã e o começo da tarde desta quarta-feira, o pai, a mãe e o irmão do menino. Os relatos, porém, que duraram cerca de três horas, não ofereceram novas informações, disse a delegada. Segundo ela, a motivação do garoto segue um mistério. Lucy declarou que o depoimento dos colegas pode indicar que ele tenha "tomado as dores de outro colega".

Ainda de acordo com a delegada, foram reforçadas as informações sobre o bom comportamento do menino e de sua boa relação com a família, colegas e professores. O depoimento do irmão mais velho revelou que ele dividia confidências com o caçula. "Cerca de duas semanas atrás o D... teria perguntado ao irmão 'você ficaria triste se eu morresse?', mas isso não chamou a atenção do garoto", disse a delegada.

Na manhã desta quinta-feira a professora baleada deve ser ouvida no Hospital das Clínicas. Na segunda-feira, será a vez de quatro alunos da escola Alcina Dantas Feijão prestarem depoimento. A polícia ouvirá as crianças em uma dependência da prefeitura de São Caetano do Sul.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade