Corpo encontrado no Tietê pode ser de 2ª jovem desaparecida
Depois de três horas e meia de buscas, mergulhadores do Corpo de Bombeiros localizaram e resgataram o corpo de uma mulher que estava boiando num braço do rio Tietê, em Pereira Barreto, no interior de São Paulo, divisa com Mato Grosso do Sul. O corpo pode ser o de Jhenifer Nayara da Silva, 13 anos, que estava desaparecida com a amiga Yara Barbosa, 14 anos, desde o último sábado.
Nesta terça-feira, os mergulhadores já tinham resgatado o corpo de Yara, encontrado por pescadores, que acionaram a polícia e os bombeiros. Na manhã desta quarta-feira, 16, o delegado de Pereira Barreto, Rafael Lourenço Sangaleto, requisitou os bombeiros para novas buscas, na tentativa de localizar pistas de Jhenifer, que até então continuava desaparecida.
“As buscas tiveram início às 10h e por volta das 13h30 localizamos esse corpo feminino, que estava boiando de barriga para baixo”, disse o sargento dos Bombeiros, Cláudio Luiz Costa. "O corpo estava nu e com manchas características de estado de decomposição”, completou Costa.
Segundo o sargento, o corpo foi resgatado em um dos braços do rio Tietê, a cerca de 4 quilômetros do local onde os bombeiros tinham resgatado o de Yara, no dia anterior. Yara estava apenas de sutiã e tinha uma fita ou uma meia amarrada numa das mãos. Familiares reconheceram a roupa e algumas características físicas de Yara. Mas exames de DNA deverão confirmar a identidade.
Conforme o delegado Sangaleto, caso se confirme que o corpo resgatado hoje seja mesmo de Jhenifer, existe a possibilidade de as duas meninas terem sido assassinadas e jogadas no rio de cima da ponte, uma vez que ambas foram encontradas à jusante da ponte. No entanto, o delegado disse que será preciso novas investigações para apurar as causas das mortes e a suposta autoria dos crimes.
Além disso, ele esperava para esta tarde a chegada de familiares para fazerem reconhecimento do corpo, que “muito provavelmente” é de Jhenifer. “Mas não podemos ainda falar com certeza porque estamos esperando familiares para fazer o reconhecimento e também serão necessários exames periciais para se confirma a identificação e também a causa das mortes”, disse.
As duas meninas, que moravam com suas famílias em Andradina, cidade a 50 quilômetros de Pereira Barreto, estavam desaparecidas desde sábado, 12, quando saíram para se divertir na avenida Guanabara, ponto de encontro de jovens da cidade.
Para desvendar o caso, a polícia espera obter informações de amigos, familiares e do namorado de uma delas, que foi chamado a depor. Além disso, o delegado vai contar com informações de exames periciais realizado no celular de Yara. O aparelho, que foi encontrado por uma pescadora no domingo e devolvido à família, continuou recebendo ligações, que não se completavam. Com a quebra de sigilo dessas ligações, a polícia poderá obter informações para descobrir o que realmente aconteceu com as duas garotas.
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