Comissão de juristas torna imprescritível o crime por tortura
29 mai2012 - 07h04
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A Comissão de juristas, que elabora o anteprojeto do novo Código Penal, aprovou, nesta segunda-feira, o fim da prescrição (prazo estipulado para processar o acusado) para o crime de tortura. As informações são da Agência Senado.
A proposta atende ao Tratado de Roma, do qual o Brasil é signatário, e também considera que a tortura é um crime inafiançável ou passível de graça, indulto ou anistia. Depois de grande discussão, a comissão estabeleceu como pena para o crime de tortura a prisão de quatro a dez anos.
Se a tortura resultar em lesão corporal grave, a pena será de seis a 12 anos de prisão. Se resultar em morte, sem intenção do torturador, a pena será de oito a 20 anos. A morte dolosa (com intenção de matar) causada pela tortura foi tratada no capítulo de crimes contra a vida, com pena estipulada de 12 a 30 anos de prisão.
A comissão determinou também que, se em razão do sofrimento físico ou mental, advindo dos atos de tortura, a vítima se suicidar, as penas serão iguais à da morte sem intenção do torturador, ou seja, de oito a 20 anos.
A comissão tem até junho para finalizar as propostas que serão encaminhadas então para votação do Congresso.
A calçada do local onde vive o suspeito de realizar torturas no período militar foi pichada em Porto Alegre
Foto: Levante da Juventude - RS / Divulgação
Os manifestantes portavam cartazes e faixas e apoiavam a instauração da Comissão da Verdade pelo governo federal
Foto: Levante da Juventude - RS / Divulgação
Manifestante fica de joelhos com um saco preto na cabeça simulando uma vítima de tortura
Foto: Levante da Juventude - RS / Divulgação
Manifestantes se reuniram em frente a uma empresa de segurança de propriedade de um suposto acusado de tortura
Foto: Levante Popular da Juventude de SP / Divulgação
Portanto cartazes e faixas os manifestantes se reuniram em frente à empresa na zona sul de são Paulo
Foto: Levante Popular da Juventude de SP / Divulgação
Em São Paulo (SP), os manifestantes se reuniram em frente a empresa de segurança privada de propriedade de David dos Santos Araújo, conhecido como Capitão Lisboa, para denunciar sua suposta participação em crimes de tortura, assassinato e a abuso sexual durante o regime militar
Foto: Divulgação
Em Porto Alegre (RS), o ato foi realizado em frente à casa de Carlos Alberto Ponzi, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), também acusado de tortura pelo movimento. Os manifestantes picharam muros e calçadas dizendo que ali vive um torturador
Foto: Divulgação
As manifestações foram realizadas pelo movimento Levante Popular da Juventude em três capitais do País. Em Belo Horizonte (MG), os protestantes se reuniram em frente à casa de Ariovaldo da Hora e Silva e distribuíram cópias de documentos do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) com relatos de tortura, dos quais teria participado Ariovaldo