PUBLICIDADE

Polícia

Comandante do 18º BPM será ouvido em inquérito sobre morte de PMs

Após entrevista em que colocou investigação da Polícia Civil em xeque, coronel será ouvido no inquérito policial que apura morte de família de PMs

7 ago 2013 - 20h40
(atualizado às 20h53)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, é apontado pela polícia como principal suspeito do crime</p>
Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, é apontado pela polícia como principal suspeito do crime
Foto: Facebook / Reprodução

O comandante do 18º Batalhão da PM, coronel Wagner Dimas, que era chefe da cabo da PM Andréia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, será ouvido pela Polícia Civil de São Paulo, no inquérito que apura a sua morte. Além dela, foram mortos seu marido, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos, a mãe de Andréia, Benedita de Oliveira Bovo, 65 anos, uma tia, Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos, e o filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos. A polícia acredita que o crime tenha sido cometido pelo adolescente, que teria depois de suicidado.

Dimas afirmou nesta quarta-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes, que ela havia denunciado alguns colegas que estariam envolvidos com roubos a caixas eletrônicos, em São Paulo. 

Em nota, o Comando da Policia Militar afirmou "que não houve qualquer denúncia registrada na Corregedoria da PM, ou no Batalhão, por meio da cabo Andréia Pesseghini contra policiais militares". De acordo com a mensagem, "foram consultados arquivos da Corregedoria, do Centro de Inteligência e do próprio Batalhão e nada foi identificado, portanto, será instaurado um procedimento para apurar as declarações do Coronel Wagner Dimas Alves Pereira, Comandante do 18º Batalhão, não alterando em nada o rumo das investigações".

O delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que fará um requerimento nesta quinta-feira para que ele seja ouvido no inquérito. Após a entrevista, Dimas foi ouvido pela corregedoria da Polícia Militar para falar sobre o assunto. "Efetivamente ele vai ser chamado e ouvido nos autos", disse o delegado.

As investigações da Polícia Civil têm como principal hipótese a que aponta o adolescente como responsável pelas mortes. Ele teria matado os pais, a avó e a tia-avó entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, ido à escola na manhã de segunda, voltado para casa e cometido suicídio.

O coronel Dimas, porém, diz que não está "convencido" de que Marcelinho, como era conhecido o menino, seja o autor da chacina. "Eu estive no local, participei, vi as primeiras viaturas chegarem no local do crime. Eu estou ainda, digamos assim, aguardando uma sequência natural, (dar) tempo ao tempo para entender que talvez não seja aquilo ali", disse o comandante em entrevista à rádio.

"Hoje, eu não estou de todo convencido", afirmou. O coronel Dimas também disse que não descarta que as denúncias feitas por Andreia tenham relação com os assassinatos.

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade