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Polícia

Choque não demorou para intervir na Alerj, diz PM do Rio

Coronel reconheceu a existência de policiais militares dando tiros de fuzil no meio do confronto

18 jun 2013 - 16h52
(atualizado às 16h56)
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<p>A regi&atilde;o central do Rio de Janeiro mostra o resultado de noite de viol&ecirc;ncia na segunda-feira, que teve confronto entre policiais militares e um grupo de manifestantes</p>
A região central do Rio de Janeiro mostra o resultado de noite de violência na segunda-feira, que teve confronto entre policiais militares e um grupo de manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O coronel Frederico Caldas, porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, disse que não houve demora para a decisão de colocar o Batalhão de Choque para intervir no confronto que ocorreu na região da Assembleia Legistlativa (Alerj) ao final da manifestação da última segunda-feira. Segundo Caldas, a definição era de enfrentar os protestos sem violência. 

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"Havia uma questão de ter nossos agentes num nível aceitável de risco em relação à multidão. O fogo na porta lateral da Alerj apresentou risco iminente, a partir daí que se teve a entrada do Batalhão de Choque", afirmou Caldas, que assegurou não ter havido influência política na decisão - muitos manifestantes chegaram a supor na internet que o governador Sérgio Cabral teria deixado o local desguarnecido para o confronto tomar proporções maiores. 

"A decisão é eminentemente técnica tomada pelo comando geral da PM. Não dá para comparar o evento de ontem com o de domingo (as manifestações em torno do Estádio Maracanã). Ontem se iniciou uma passeata pacífica. No Maracanã, houve uma tentativa de bloqueio da Radial Oeste e das estações de trem e metrô, que poderiam trazer um prejuízo muito grande para o evento". salientou, referindo-se aos protestos ocorridos antes da abertura da Copa das Confederações.

A PM destacou apenas 150 agentes para dar segurança à manifestação, que contou com cerca de 100 mil pessoas, segundo a própria corporação. Havia outros 100 policiais no entorno, 80 policiais do Batalhão de Choque e 20 do batalhão de cães. Segundo Caldas, era impossível imaginar que haveria um confronto tão grande. "Isso não é uma matemática. Não está no Facebook que vai haver 200 mil pessoas com certeza. Isso não é um dado determinante. Insisto, numa passeata que se propunha a levantar a bandeira da paz jamais se poderia imaginar um comportamento bárbaro como o que tivemos ali. Há uma série de variáveis”, ponderou o coronel.

Caldas afirmou que a PM sempre levou em conta o risco que haveria de movimentação do Batalhão de Choque entre a multidão. Na avaliação da PM, havia um risco muito grande de acionamento da tropa de choque. “Talvez hoje pudéssemos estar aqui lamentando vidas se a tropa de choque tivesse entrado mais cedo", disse.

Tiros de fuzil no meio da multidão

O coronel reconheceu a existência de policiais militares dando tiros de fuzil no meio do confronto. Caldas afirmou que a corporação vai investigar em que condições isso aconteceu. “Todos nós sabemos que este uso não é adequado em casos de contenção de distúrbios. Vai requerer avaliação muito profunda para ver em que condições foram utilizados, se estavam em condições extremas, estado de necessidade. Vamos considerar todo o ambiente no qual o policial estava envolvido", assegurou.

Caldas não soube precisar se os três ferimentos causados por munição de armas letais vieram destes disparos. “Só com a investigação da PC vai ser possível saber se os tiros foram dados por policiais ou não. As imagens que temos são de PMs atirando para o alto", concluiu.

Fonte: Terra
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