PUBLICIDADE

Polícia

CE: policiais civis paralisam atividades em apoio a PMs

3 jan 2012 - 22h37
(atualizado às 23h00)
Compartilhar
Omar Jacob
Direto de Fortaleza

Os policiais civis do Estado do Ceará decidiram na noite desta terça-feira paralisar por completo as atividades em apoio a bombeiros e policiais militares que entraram em greve na última quinta-feira. A categoria pede aumento salarial e melhores condições de trabalho.

Bombeiros e policiais militares reivindicam 80% de reajuste até 2014
Bombeiros e policiais militares reivindicam 80% de reajuste até 2014
Foto: Jarbas Oliveira / Futura Press

Os policiais civis de Fortaleza já estão acampados em frente ao prédio da Polícia Civil, localizado no centro da capital. Eles reivindicam que o efetivo receba pelo menos 60% do valor pago a delegados, que ganham R$ 8 mil na fase inicial da carreira. Atualmente, o salário é de cerca de R$ 2 mil. Também pedem a retirada de presos das delegacias e o aumento do efetivo policial.

A categoria teve uma mobilização suspensa no dia 15 de dezembro, depois de uma determinação judicial, sem ter nenhuma das reinvindicações atendidas. Segundo a presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará, Inês Romero, não houve negociação entre o governador e os policiais civis.

A greve da categoria começa após cinco dias de paralisação dos cabos e soldados dos Bombeiros e da Polícia Militar. De acordo com associações representativas, cerca de 13 mil homens já suspenderam as atividades. Eles reivindicam anistia por conta da paralisação, escala de no máximo 40 horas semanais, 80% de reajuste salarial até 2014, além de promoções e realização de novos concursos.

Terça-feira de caos

A terça-feira foi marcada por denúncias de assaltos em vários locais da região metropolitana de Fortaleza e do interior do Ceará. Sem o trabalho dos PMs, não houve confirmação de praticamente nenhuma ocorrência por fontes oficiais. Por outro lado, imagens de violência postadas nas redes sociais - fotos de grandes avenidas esvaziadas e relatos de arrastões - causavam medo. Em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral, cidades com maior população, lojas, bancos e outros estabelecimentos encerraram as atividades mais cedo.

Sem segurança, o transporte público também parou. Vários ônibus foram alvo de vândalos e tiveram os pneus esvaziados na capital cearense. O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Estado do Ceará e o Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Transporte Alternativo de Fortaleza também comunicaram a suspensão dos serviços.

O governo do Ceará divulgou uma nota no final da tarde na qual reafirmava que o efetivo do Exército Brasileiro e da Força Nacional está garantindo a segurança em todo o Estado. Até o momento, o governador Cid Gomes (PSB) não se pronunciou sobre o movimento.

Com informações do Agência Brasil

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade