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Polícia

Defesa: Bruno ficou estarrecido e nega relato de jovem sobre Eliza

7 jul 2010 - 22h11
(atualizado às 23h31)
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Luís Bulcão Pinheiro
Direto do Rio de Janeiro

Houve tumulto na chegada de Bruno à Delegacia de Homicídios, da Barra da Tijuca
Houve tumulto na chegada de Bruno à Delegacia de Homicídios, da Barra da Tijuca
Foto: Wagner Meier/Fotoarena / Divulgação

O advogado do goleiro Bruno, do Flamengo, Michel Assef Filho, disse que o atleta afirmou que não tinha conhecimento dos fatos apontados pelo seu primo, de 17 anos, sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do atleta, com quem teria um filho de 4 meses. "Ele ficou estarrecido com o depoimento (...) e se limitou a dizer que desconhece os fatos do sequestro apresentados à polícia do Rio", disse o defensor, nesta quarta-feira.

O goleiro Bruno Souza, do Flamengo, e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, chegaram por volta das 19h10 desta quarta-feira na Delegacia de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O goleiro e Macarrão devem prestar depoimento nesta noite. No fim da tarde, o atleta se apresentou à Polinter acompanhado do advogado, após a Justiça de Minas Gerais decretar a prisão preventiva do goleiro e de Macarrão, por envolvimento no desaparecimento de Eliza.

De acordo com o delegado Felipe Ettore, da DH, Bruno é o mandante do sequestro de Eliza. "Só o avanço das investigações vai dizer se o sequestro foi para matar a jovem", disse. Segundo o delegado, Eliza foi levada para Minas Gerais, onde foi estrangulada e morta. "A vítima foi arrebatada e teve sua liberdade cerceada. Bruno se aproveitou disso", afirmou.

Assef disse que vai tomar conhecimento do inquérito apurado pela polícia de Minas Gerais, para poder entrar com um pedido de habeas corpus. O advogado disse ainda que o goleiro deve ser transferido para Belo Horizonte, mas pode passar a noite no Rio.

Na delegacia, Bruno confirmou que o adolescente é seu primo e disse que ele morava em sua casa no Rio. O primo foi apreendido no apartamento do goleiro depois que a polícia recebeu uma denúncia de um tio do menor para uma rádio, dizendo que ele estava escondido na casa de Bruno, no Recreio.

O adolescente esteve em Minas Gerais, nesta quarta, onde ajudou a polícia nas buscas pelo corpo de Eliza. A Justiça mineira pediu a internação do jovem, porque ele corria risco de vida. No entanto, ele voltou ao Rio de Janeiro, durante a noite, e foi levado ao IML onde passa por exame de corpo de delito.

O caso

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade.

Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Fonte: Redação Terra
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