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Caso Bruno

Jovem afirmou que Eliza foi sufocada por 'Neném', diz fonte

7 jul 2010 - 21h38
(atualizado às 21h51)
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Luís Bulcão Pinheiro
Direto do Rio de Janeiro

Segundo um integrante da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que preferiu não se identificar, o adolescente de 17 anos apreendido no apartamento do goleiro Bruno, do Flamengo, na terça-feira, disse em seu depoimento - prestado ontem - que Eliza Samudio foi morta em Minas Gerais, por um homem que foi apresentado como Neném. Segundo o relato, o jovem detalhou que a ex-amante do atleta morreu sufocada, na frente do filho.

Houve tumulto na chegada de Bruno à Delegacia de Homicídios, da Barra da Tijuca
Houve tumulto na chegada de Bruno à Delegacia de Homicídios, da Barra da Tijuca
Foto: Wagner Meier/Fotoarena / Divulgação

O Jornal Nacional apresentou outros detalhes do depoimento, que durou mais de sete horas. O menor teria dito que ouviu o atleta dizer a Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão) e a Sérgio Rosa Sales (que teria ido ao sítio do goleiro para vigiar Eliza) que eles resolvessem o problema, que ele (Bruno) não saberia de nada. O adolescente teria dito à polícia como ela foi levada a Minas Gerais e, também, que viu quando Neném jogou partes do corpo de Eliza a uma matilha de cães.

Segundo a reportagem do JN, o assassinato de Eliza e o esquartejamento dela teriam acontecido em um local "parecido com um sítio", onde o grupo foi recebido por Neném. Lá ele teria amarrado os braços dela com uma corda e dado uma gravata, sufocando a mulher. Só então ele teria dito que o menor, Macarrão, Sérgio e o bebê saíssem. Momentos depois, o adolescente teria visto o suposto assassino carregando um saco, de onde teria tirando os pedaços do corpo da vítima.

O adolescente foi apreendido no apartamento do goleiro depois que a polícia recebeu uma denúncia de um tio do menor para uma rádio, dizendo que ele estava escondido na casa de Bruno, no Recreio. Ele está internado, porque a Justiça considera que ele corre risco de vida.

O goleiro Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, chegaram por volta das 19h10 desta quarta-feira na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde prestaram depoimento. Eles foram presos.

O caso

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade.

Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Fonte: Especial para Terra
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