PUBLICIDADE

Polícia

Caso Mércia: mostramos que Evandro não tem nada de coitado, diz promotoria

31 jul 2013 - 21h13
(atualizado às 21h19)
Compartilhar
Exibir comentários

O promotor de Justiça Rodrigo Merli afirmou que a acusação conseguiu mostrar aos jurados de Evandro Bezerra Silva que o vigia não é um “coitado”. Ele foi condenado nesta quarta-feira, no Fórum de Guarulhos, em São Paulo, a 18 anos e oito meses de reclusão como cúmplice de Mizael Bispo no assassinato da advogada Mércia Nakashima, no dia 23 de maio de 2010.

Na réplica dos debates, a acusação e a promotoria mostraram vídeos em que Evandro aparecia com, segundo os advogados, adolescentes, bebidas e armas em punho. O vídeo foi apreendido no celular de Evandro quando o mesmo estava no Nordeste, foragido da Justiça.

“Nossa volta para a réplica foi decisiva por conta dos vídeos que exibimos do telefone apreendido. Mostramos para os jurados sua efetiva personalidade. Isso surtiu efeito e mostramos que de coitado ele não tem nada. Sua participação foi importante e se não fosse ele o crime não teria ocorrido”, afirmou Merli.

A promotoria afirmou que ficou satisfeito com a pena de Evandro. “Eu havia me manifestado previamente que esperava 18 anos por ter uma qualificadora a menos que o Mizael. O MP entende que foi uma pena adequada. Consideramos agora o trabalho cumprido pelo menos em primeira instância, dando um alento para família, que é o mais importante.”

Para Merli, o fato preponderante para que os jurados declarassem Evandro culpado foram as ligações telefônicas com Mizael.

“Sempre costumo dizer que é o conjunto das provas que fazem a diferença. O processo penal é um quebra cabeça e precisamos montar isso para convencer os jurados. É fato que a investigação foi muito bem feita em termos de rastreamento da telefonia celular dos acusados. Isso demonstrou o encalço deles sobre a vítima”, afirmou.

Caso Mércia

A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio de 2010, após deixar a casa dos avós em Guarulhos, e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela foi ferida a tiros, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água.

Ex-namorado de Mércia, o policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi apontado como principal suspeito pelo crime e denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). Em 14 de março deste ano, Mizael foi condenado a 20 anos de prisão pela morte de Mércia.

A Promotoria também denunciou o vigia Evandro Bezerra Silva, que teria o ajudado a fugir do local. Preso em Sergipe dias depois da morte de Mércia, Evandro afirmou ter ajudado Mizael a fugir, mas alegou posteriormente que foi obrigado a confessar a participação no crime, sob tortura.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade