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Caso Bruno

MG: goleiro Bruno pede transferência para ficar perto da atual mulher

Segundo o advogado do ex-atleta, a mudança para o presídio de Nova Lima facilitaria o convívio do Bruno com sua mulher, a dentista Ingrid Calheiros

29 jan 2014 - 15h00
(atualizado às 15h14)
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O advogado de defesa do goleiro Bruno, Francisco Simim, solicitou à Justiça a transferência do ex-atleta para o presídio Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) da cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo Simim, a intenção é facilitar o convívio do Bruno com a atual mulher, a dentista Ingrid Calheiros, que, ainda de acordo com o advogado, fixou residência no município, um dos requisitos para que o detento consiga trasferência para uma Apac.

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A Apac de Nova Lima tem capacidade para 86 detentos. No local, os presos trabalham, e a cada três dias trabalhados eles podem abater dois da pena. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o pedido será analisado pelo juiz Afonso José de Andrade, substituto da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Contagem, onde Bruno cumpre pena na penitenciária Nelson Hungria, e também pelo magistrado Juarez Morais de Azevedo, da VEC de Nova Lima. 

Em Nova Lima, há o time do Vila Nova, que disputa a primeira divisão do futebol mineiro. De acordo com o advogado de Bruno, houve um contato do clube, mas a conversa não foi levada adiante. Caso o pedido seja indeferido, a defesa de Bruno solicitou ainda, como segunda opção, que ele seja transferido para o presídio de Montes Claro, no norte do Estado. Esse pedido também está sob análise da Justiça.

O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão.

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado.No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Especial para Terra
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