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Caso Bruno

Caso Bruno: buscas em sítio são suspensas até novo depoimento

9 jul 2010 - 15h55
(atualizado às 16h00)
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Ney Rubens
Direto de Belo Horizonte

A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais encerraram, por volta das 15h35 desta sexta-feira, as buscas pelo corpo de Eliza Samudio no sítio do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos. Os investigadores afirmaram não terem encontrado nada e que só retomarão as atividades após o depoimento dele.

Os policiais fizeram buscas em um sítio que seria do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos
Os policiais fizeram buscas em um sítio que seria do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos
Foto: Charles Silva Duarte/O Tempo / Futura Press

Santos, que atenderia pelos apelidos de Bola, Paulista e Neném, é suspeito de ter executado da ex-amante do goleiro do Flamengo e de ser o responsável pelo desaparecimento do corpo dela. Em depoimento, o jovem de 17 anos encontrado no apartamento de Bruno afirmou que teria visto o ex-policial dar uma gravata em Eliza e, posteriormente, tirar partes do corpo dela de um saco plástico e atirar para cães.

Nas buscas feitas hoje, a polícia contou com o auxílio de cães farejadores e vasculhou poços e cisternas, sem resultados. Na casa de Santos, em Vespasiano (na região metropolitana de Belo Horizonte), a polícia encontrou, na quarta-feira, seis cães, um veículo com manchas que podem ser de sangue no porta-malas e roupas.

Os investigadores também aguardam os depoimentos do goleiro Bruno e de Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Eles passarão o final de semana no Departamento de Investigações da Polícia Civil, na capital mineira.

O caso
Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em depoimento, admitiu participação no crime. Segundo o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, o menor apreendido relatou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, estrangulou Eliza até a morte e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. Segundo o delegado, no dia do crime, o goleiro saiu do sítio com Eliza e voltou sem ela, o que indicaria que o goleiro presenciou a ação.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Os três negam participação no desaparecimento. A versão do goleiro e da mulher é de que Eliza abandonou o filho. No dia 8, a avó materna obteve a guarda judicial da criança.

Fonte: Especial para Terra
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