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Polícia

Caso Adrielly: MP-RJ denuncia médico que faltou a plantão

Menina de 10 anos deu entrada em hospital ao ser atingida por bala perdida, mas não havia neurocirurgião. Ela ficou oito horas sem atendimento e acabou morrendo

6 ago 2013 - 21h00
(atualizado em 7/8/2013 às 12h55)
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 24ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, ofereceu denúncia contra o médico neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e abandono de função. O MP requereu ainda uma medida cautelar aplicando a suspensão do exercício de sua função pública de médico nos hospitais das redes federal, estadual e municipal de saúde até o julgamento final da ação.

O neurocirurgião faltou ao plantão de Natal em dezembro de 2012, na emergência do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio. Na ocasião, a menina Adrielly dos Santos, 10 anos, deu entrada na unidade depois de ser atingida na cabeça por uma bala perdida. Ela permaneceu oito horas sem atendimento até ser operada, mas morreu 11 dias depois.

De acordo com a denúncia, Adão fazia depósitos na conta bancária do neurocirurgião Francisco Eduardo Penna Doutel de Andrade, também denunciado por estelionato, para que este o substituísse. No entanto, era o primeiro quem assinava as folhas de ponto relativas aos plantões.

Por participarem do esquema, outros sete médicos foram denunciados por condescendência administrativa: Conrado Norberto Weber Júnior (diretor-geral do hospital); José Renato Ludolf Paixão (chefe da neurocirurgia); Ricardo Medina de Faria Kornalewski (diretor-médico); Ênio Eduardo Lima Lopes e Sérvula Telles dos Reis (chefes da equipe de plantão); e Eneida Pereira dos Reis e Valéria Santos Reis (chefes da emergência).

Fonte: Terra
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