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Polícia

Casal pagou R$ 3,6 mil por bebê para adoção ilegal em MT

28 jul 2014 - 16h43
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A Polícia Civil de Mato Grosso resgatou um menino recém-nascido que foi negociado, para adoção ilegal, entre a mãe biológica e um casal de paranaenses, por meio de uma intermediária, que cobrou R$ 3,6 mil. A transação foi feita em Rosário Oeste, uma cidade pequena do interior de Mato Grosso.

"Eles disseram que R$ 2,6 mil era para pagar uma cirurgia de ligadura de trompa e R$ 1 mil para despesas médicas, pós parto", informou o delegado municipal de Rosário Oeste, que apura o caso, Eder Clay Santana Leal. "A mulher também contou que não pode ter filhos."

O casal, a mãe e a mulher intermediadora da adoção ilegal vão responder por crime contra o poder familiar. "Eles foram ouvidos hoje de manhã e indiciados. Mas vamos aprofundar as investigações porque há informações de outras vendas feitas por essa mulher", completou o delegado.

O bebê nasceu em Rosário Oeste, no interior do Estado, no dia 16 de julho. A gestação foi acompanhada pelos pretensos pais, que desejam ter um filho, mas não conseguem de forma natural. No dia 20 de julho, o casal de Jaquapitã (PR) foi buscar a criança e em troca entregou o dinheiro à intermediária. Na transação, o homem de 38 anos recebeu o documento expedido na saída da maternidade necessário para registrar a criança, procurou um cartório, na cidade mesmo, e tirou a certidão de nascimento do bebê em nome dele e da mulher de 32 anos. No mesmo dia, viajaram de carro de volta para casa.

Três dias depois, o tio do bebê registrou boletim de ocorrência policial, por discordar da “venda”.

A mãe biológica tem 23 anos e há indícios de que seja usuária de entorpecentes. Em conversa com o delegado Eder Clay, disse que doou a criança, porque não tem condições de criar. Segundo o delegado, ela nem teria ficado com o dinheiro e sim a intermediária. A suspeita é de que a cirurgia de ligadura das trompas tenha sido realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como o pré-natal e outros atendimentos médicos pós-parto.

De acordo com informações da Polícia, o casal compareceu hoje de manhã na Delegacia Municipal de Nobres e entregou o bebê, que foi levado a um abrigo pelo Conselho Tutelar. O juiz da vara única de Rosário Oeste, Ednei Ferreira dos Santos, decidirá se continuará sob custódia do Estado ou se voltará à família biológica.

Fonte: Especial para Terra
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